tag:blogger.com,1999:blog-87269175905266146692024-03-13T12:21:43.209-07:00Livres Associações da FifiUm belo dia resolvi mudar... e fazer tudo que queria fazer... criar um blog seria a coisa mais fácil do mundo quando se tem disposição. Eis que chegou o momento. De reles expectadora, a mais uma mortal que divide ciberneticamente seus devaneios com a rede mundial. E que venham minhas asneiras...Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.comBlogger103125tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-27153635236145121962018-09-04T19:40:00.002-07:002018-09-04T19:41:10.835-07:00Impressões sobre a vida apesar da morte<div class="mail-message expanded" id="m-8125738502907282949" style="font-family: sans-serif; font-size: 12.8px;">
<div class="mail-message-content collapsible zoom-normal mail-show-images " style="margin: 16px 0px; overflow-wrap: break-word;">
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Tem anos atrás me tocou muito assistir a história de Benjamim Button, passou uma novela na minha cabeça sobre a ideia de nascimento e morte. E se invertêssemos de fato a lógica das coisas e compreendêssemos que viver é um ciclo de fim, meio e início? O problema que vejo é que na nossa realidade ninguém sabe quando é o meio e o fim. E o não saber cria as mais diversas paranoias enquanto vai acontecendo a caminhada. O não saber cria uma mistura de ânsia e medo. Contraditoriamente cria também uma espécie de estagnação, pois se soubéssemos que vamos morrer semana que vem, essa semana agora seria bem mais intensa. Ou não? O não saber é tão natural quanto a luz do dia e no entanto tornamos esse não saber em algo artificial, onde fazemos coisas que não gostamos, deixamos vida para depois, postergamos coisas que nos significam profundamente e criamos bolhas de realidade para passar a vida tentando resolvê-las para depois que conseguir, criarmos novas bolhas. Mas e se? Eu estou nesse momento numa turbulência de avião. Offline, sem internet, refletindo. Não tenho precisado ficar offline para refletir não, mas que o mundo do espetáculo anda nos distraindo além da conta, ah isso anda. Algumas coisas neste ano que passou e neste ano que estamos me fizeram dar conta de que não há um depois. Há uma projeção de depois que é tão sólida quanto o vapor da água. Há a necessidade de projetar o futuro de forma saudável, mas há um limite dessa projeção, pois o destino é inexorável, imbatível, surpreendente, instigante, doido mesmo. Num piscar de olhos um museu inteiro queima duzentos anos de história, uma turbina de avião encerra projetos de duzentas pessoas, uma maré vira e te engole pro fundo, um vento bate e muda tua direção. Num piscar de olhos a realidade te mostra que enrijecer em verdades absolutas te aprisionam, congelar em opiniões formadas sobre tudo te matam mais rápido, decepcionar onde criou expectativas te levam a um sofrimento desgastante. A vida não é um oba oba que "não tem amanhã", não, mas ela também não é essa coisa fixa que gostamos de nos apegar e nos aprisionar, não. A vida não é um comercial de margarina, não. Sonhos não são herdados, sonhos não são metabolizados pelo sangue, sonhos não são terceirizados. Você já pensou de fato que sonhos te alimentam a alma por tua própria mente ou que sonhos você simplesmente assimilou dos outros? Sonho assimilado não tem sentido. Vai ser conquistá-lo que a decepção vem logo em seguida a passos largos. Nem o sonho dos pais, nem o sonho do grupo de amigos, nem o sonho da novela, nem o sonho da moral e dos bons costumes, nem o sonho encutido por qualquer pessoa que não seja você mesmo em profundo conhecimento de si. Quando é assim, qualquer sonho tem o tamanho e a dimensão de si próprio, daquele que conhece a si mesmo. Coisa tão falada na filosofia, mas que em profundidade estamos patinando há mais de seis mil anos e não conseguimos ainda saber quem somos, quem dirá ficar ajuizando valores sobre quem são os outros. Mas sim, ousamos dizer quem são os outros mesmo assim. Li um texto de um amigo muito especial que fiz aqui na Bahia que falava do sonho de atravessar nadando a Baía de Todos os Santos. Descrevia com profundidade tudo que esse desafio provocou e fez desabrochar em si ao completar a travessia. Esse texto me tocou profundamente porque me peguei pensando sobre o resgate dos meus próprios sonhos que também não são impossíveis, nem fixos, nem rígidos. Me peguei pensando também sobre o quanto acontecem coisas no meio do caminho que aparecem para nos ensinar, para aprendermos. O quanto saber que nem tudo que planejamos vai dar certo, e assim é a vida. Rubem Alves diz numa entrevista que só se tornou tudo que era, exatamente porque tudo que ele planejou para si deu errado. Genial. Livre! Aberto! E quando a mente está aberta, o plano que deu errado é a alavanca para outros que nem sequer imaginaríamos. Isso é até meio clichê em termos de teoria, mas, na prática, vemos que essa teoria não acontece muito pois estamos apegados em nossas certezas. A coragem e a ousadia de planejar, errar, seguir em frente, reformular, reorientar, tudo isso é a melhor parte da vida, é só não fazê-la de forma dramática que congela decepções como se fossem eternas. Outro dia uma pessoa muito especial que vem me ensinando muita coisa me disse: "se ficar a deriva em alto mar e não tiver mais jeito, nada o máximo para o fundo que puder". Fiquei bem pensativa, pois me pego pensando na coragem de tomar a decisão da consciência de "deu"… vamos lá... Tá na hora. E essa ideia, confesso, não me assustou tanto hoje quanto me assustava há um tempo atrás. Porque quando a gente aprende a ver a vida de um jeito amplo e cíclico, não há drama e sofrimento a fazer. Há contemplação do que foi e há muita gratidão a todos que ensinaram algo. Mágoas, não carrego. Não carregá-las me permite ir embora a qualquer tempo sem nada para resolver com ninguém. Intensidade tatuada nas costas, minha vida tem sido cada vez mais assim... Um minuto dura muito tempo, pois eu não quero que as horas passem até chegar a um futuro ideal inexistente, eu quero que a vida se manifeste aqui e agora e eu esteja serena para vivê-la diante de alegrias e intempéries quaisquer que surgirem, formulando, reformulando e apreciando sonhos de ordens existenciais individuais e sonhos de bem comum e coletivo. </div>
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Celebrar! 💜</div>
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Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-30048955609280910382018-04-26T14:05:00.002-07:002018-09-04T20:07:58.373-07:00Coisas do dia-a-dia<span style="text-align: justify;">Se tem alguém que observa o que
parece para muitos “comum”, esse alguém sou eu. Talvez seja algum tipo de
neurose, mas quanto mais comum ou natural algo pareça para a maioria, mas eu
observo.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É sabido que para muitos a
pobreza é comum, é resultado do destino, ou ainda mais maluco: é “natural”. “Pobrezinho,
que azar o dele, nasceu assim”. Ou então, “puxa, que pecado”. Ou “puxa, por que
não vai arrumar trabalho?”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O fato é que diante da correria
do dia a dia estamos dentro de nossas bolhas, vez em quando desperta uma
atenção rápida aqui, outra ali, mas passa em segundos e vida que segue.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Existe quem se dedique a essa
preocupação a longo e médio prazo, através de políticas, de lutas e de tudo mais
que já sabemos e é a isso que muitos de nós nos debruçamos (acredite, há que
não se debruce sobre nada disso ou sequer se importe). Contudo, existe uma
questão sobre esse tema que diz respeito ao imediato, ao presente, ao real
diante dos olhos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(uma pausa para me lembrar do Programa
Fome Zero do Lula, que, ainda hoje, há quem – de barrigas bem cheias -
realmente ache que pobre não precisa comer e que o Lula só fez isso para conseguir
voto.)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É a partir desse real diante dos
olhos que gostaria de falar. É desse real diante dos olhos que o concreto se
torna sensível. Ele é o que pode ser observado, é o que pode ser considerado a
base de tudo que existe, inclusive das estatísticas. Ontem estava num mercado dentro de um Shopping, e um
moço me abordou pedindo para botar no meu carrinho um saco de leite em pó. A primeira
coisa que a gente pensa quando é abordado é: onde está o erro, onde estou sendo
passada para trás de alguma forma. Logo depois bate um sentimento de “nossa, da
onde eu tirei me armar desse jeito, é um saco de leite!”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Imediatamente me lembrei de um
vídeo que tinha assistido na noite anterior, onde lá pelas tantas a mulher
relata que foi com o dinheiro contado no mercado e pediram para ela exatamente
leite. E que ela não comprou, pois precisava comprar suas coisas e não sobraria
nada para este leite. Depois ela foi para a casa pensando que poderia ter
deixado de comprar um pacotinho de presunto para levar aquele leite. A
coincidência foi o cara me pedir exatamente leite. Eu estava quase rompendo a
comunicação com ele, quando pensei, gente, que argumentos mais a gente vai
criar para não ajudar nesse real imediato aqui? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele suplicou que eu decidisse
logo antes que o segurança o botasse para fora.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Botei o saquinho no carrinho e
comecei a observar. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Já no caixa, ele
pediu um saco de biscoito para outra mulher e um saco de não sei quê para outra
e mais algo para outra. Enfim, ele pegou o que precisava. Conseguiu. Foi uma
corrida contra o relógio do segurança. Há quem diga que isso é “vida fácil”... “puxa,
não trabalha, só fica pedindo”. Olha, vida nada fácil essa de pedir. Já experimentou
pedir alguma coisa? Constrangedor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Observei que os pedidos eram para
mulheres. Isso daria uma tese de doutorado. Vamos pular essa parte sobre
empatia e solidariedade femininas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele pediu algo para duas mulheres atrás de mim
na fila, e elas negaram. Após ele se afastar, surgiram aqueles comentários dos
quais não posso sequer julgar, eu mesma já os repeti em algum momento da vida
talvez não numa situação dessas, mas certamente a respeito da lógica de “dar
coisas”, onde criamos os mais absurdos argumentos para seguirmos confortáveis
de cabeça fresca com nosso egoísmo de classe (de classe média, né, porque
classe alta não vai naquele mercado ali, não).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As frases proferidas foram bem
clássicas: “ele pega esse saco de leite e de biscoito, e troca por droga”.
Surpreendente, fiquei pensando quantos quilos de droga ele vai conseguir com um
saco de biscoito e de leite. Mas veio a outra frase ainda mais inusitada para
mim: “isso aí que ele tá pedindo, ele diz que é para o filho e revende lá na
rua.” Gente! Que trabalheira revender isso! Eu, na minha estúpida timidez
momentânea, porque sim, eu ainda carrego traços de timidez em mim, acabei não
interferindo naquele diálogo e deixando meu coração palpitar só pra mim. O papo
das duas seguiu, voltaram a falar do fulano, da ciclana, do beltrano e tudo
voltou ao normal. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enquanto isso o cara corria de um
lado para o outro para conseguir pegar tudo que pediu antes de ser colocado
para rua.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Ingrid, isso é comum”... okey,
por todo lado onde a gente olha nesse Brasil isso é “comum”. É?Comum para quem,
hein? Se é para ti, alguma coisa certamente está fora da ordem, como dizia
Caetano.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quantas vezes eu mesma repeti de
alguém, porque ideia minha não foi e acabou virando: “eu não ajudo gente
pedindo, não acho correto.” Olha, eu costumava dizer isso por um bom tempo.
Inclusive partia para o lado pedagógico: “não ajudo gente pedindo, não é
pedagógico”. AFFFFFFFFFFFFFF que mau emprego da palavra “pedagógico”. Precisei
me libertar de jargão escutado não sei onde por não sei “quens” aos 35 anos
somente. Porque sim, precisa de política, de luta, de programa social, de
projeto, de TUDO. Mas aquele “aqui e agora” daquela criatura que NÃO, não vai
arrumar um emprego porque NÃO, não tem emprego para todo mundo, faz o quê? E não, não daria tempo de pegar o celular e ligar para a Secretaria de Assistência Social, não. O tempo era um flash.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A comodidade de dizer que arrume
emprego porque fulano batalhou e conseguiu, beltrano batalhou e conseguiu,
serve para um e outro. Gente, não serve para todo mundo. Unicamente porque no
nosso planetinha, no sisteminha economicozinho que a gente inventou, não tem trabalhinho
para todo mundo. Simplesinho assim. Marx já falava no exército industrial de
reserva, mas que nem é mais industrial, é só um exército de reserva mesmo. São
pessoas excedentes, que sobram aos montes por aí mundo afora, que garantem o
bom andamento da economia daqueles que têm emprego, tendo em vista que sua
inadaptação gera a imediata substituição por quem está desempregado. Ponto.
Segue a roda, segue o fluxo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não estou, com isso, dizendo que
é para sair por aí dando coisas pra todo mundo que pedir. Mas estou sim,
problematizando, para além das nossas históricas frases prontas, que diante de
algo na nossa frente, nos nossos olhos, desnaturalizemos tanta coisa errada
abaixo de jargões sem pé nem cabeça. Se não tem como ajudar, não tem, tudo bem.
Estamos todos ralados mesmo. Mas não ajudar sob argumentos confortáveis ou sequer
questionar que outros meios de médio e longo prazo poderiam sanar esses
problemas, aí sim, soa muito irracional toda essa tal de coisa “comum” que
vemos todos os dias.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Essa reflexão se encerra sem nenhuma conclusão, nenhuma fórmula, tentando não generalizar esses casos, mas abrindo para pensarmos sobre a naturalização do que nunca foi nem nunca será o natural do estado das coisas. Não serve só para a pobreza. Serve para tudo o que há.<br />
<br />Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-64963011326079483682018-03-31T08:18:00.000-07:002018-03-31T14:51:29.682-07:00Dos olhos.<i><br /></i>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><i>Essa agora de preconceito virtual com textão me fez ter vontade de voltar a desaguar meu fantástico mundo de Bob no blog (que estava cheio de teias de aranha). Aliás, me reli. Acho que transitei de me sentir uma adolescente para ver uma mulher (temos sim adolescentes de 30 e poucos anos). Foi gostoso, pois ri horrores da minha cara, e depois vi o quanto mudei. AINDA BEM! Mas vi também que tem coisas que andam comigo ainda hoje. Sorte a minha, porque são jeitos de encarar a realidade plena de afeto no peito. Pois lá vai:</i></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMXgv93T3JRx-jS6mE_HXWPt1b2SotYuWcxZDntmfuSi3QjZM42RHaZGSaiJiGCkbHgmb9NDis1z42b0gaEaQ8swD5yHhn1ir8JvQ-lBGCRl3qiFj4dXL1LtmN5ifDJGzALpA-khyphenhyphenr9A/s1600/CYMERA_20180331_113444.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1318" data-original-width="984" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMXgv93T3JRx-jS6mE_HXWPt1b2SotYuWcxZDntmfuSi3QjZM42RHaZGSaiJiGCkbHgmb9NDis1z42b0gaEaQ8swD5yHhn1ir8JvQ-lBGCRl3qiFj4dXL1LtmN5ifDJGzALpA-khyphenhyphenr9A/s320/CYMERA_20180331_113444.jpg" width="238" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quando uma coisa dentro de ti te avisa que é necessário transbordar,
obedeça teus sentidos. Não tranque. Ouça teu corpo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pois me provoca desde sempre e nos últimos momentos de
descobertas incríveis, tem me provocado ainda mais essa reflexão sobre nossos
sentidos, sobre corpo e alma, sobre ser e estar no mundo, sobre o tempo e sobre
a brevidade da existência e quanto não somos ainda capazes de aproveitar cada
minuto dessa experiência louca que é viver.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Está cheio de coisas aí para prestarmos atenção. Coisas bem
simples, nada mirabolantes. Coisas do dia a dia, sons, toques, cheiros, gostos,
cores, gestos. Pode ser parada num semáforo. Pode ser no mercado comprando pão.
Pode ser aquela hora que se estressou com alguma frustração. E o mais incrível,
elas não têm hora para acontecer! Não precisa ser quando está numa situação
hipoteticamente perfeita e tranquila. Pode ser sim, no meio do caos e da
correria. Basta observar-se. E observar o entorno. O resultado desse esforço?
Qualidade de vida quem sabe... ou talvez paz no coração diante das diversas
situações que a vida nos traz (boas e ruins). Ou pode ser no mínimo, um estado
leve e sutil de lucidez (sim, porque às vezes parece que estamos virando um
bando de estressado lunático correndo não se sabe para onde nem por que - me incluo nisso muitas vezes). Ou
pelo menos tentativas de lucidez. </span><span style="font-size: 12pt;">Já está de bom tamanho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tomando banho hoje me palpitou: preciso voltar a transbordar
minha escrita, seja nos quadrinhos pintados, seja na internet, seja onde for,
mas dentro aqui não pode ficar. O que fazer com isso? Sei lá, não serve para
nada, não se pode vestir, não se pode comer, não se pode passar no cabelo, mas
me vem Marx na cabeça quando fala sobre o trabalho livre numa sociedade de sujeitos
livres, que é sempre criativo e genuíno. Que produto e produtor se entrelaçam
numa coisa só, que a sua produção lhe faz sentido. Sentido! Então aqui está o
meu eu ‘saindo para fora’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nada além de palavras de quem está num processo de observação
contínua e auto-observação contínua. Não como quem julga, não como quem se
coloca acima, não como quem dita o positivo e o negativo, mas como quem
simplesmente está atenta na realidade contemplando-a de uma forma cada vez mais
apaixonada para viver um pouquinho melhor e poder humildemente ajudar quem
quiser ser ajudado a viver um pouquinho melhor também. Como já escutei: ‘Ah, mas estou cheio de
complicações para resolver e etc’... eu também meus amigos... eu também! E?!...
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">(...e que a vida segue sendo deixada para depois ou para
situações ideais – ainda hoje, em 2018 – e se a gente morre amanhã? Que louco né, a situação
ideal de apreciar cada minuto vai para a tumba, para o limbo, para um campo
verdinho cheio de coelhos, para as nuvens, para Nárnia, para outro planeta ou
seja lá o que se acredite!).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nisso acabei escrevendo outro dia sobre os pés. Sobre a
necessidade de mudar nossa relação com essa partezinha tão importante de nossa
conexão com tudo que há, pois ainda não sabemos voar! Sobre a adaptação
necessária quando não os temos ou quando eles não tem a força que precisavam. E
sobre o carinho que ele merece diante de toda nossa sustentação física e emocional
perante a realidade. Agora quem transborda são os olhos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mandamos o homem pra lua, descobrimos nanopartículas,
fissuramos átomos (!), operamos pessoas com robôs e vídeos de outro lado do
mundo, construímos edifícios que atingem as nuvens, </span><span style="font-size: 12pt;">dividimos o som no tempo e descobrimos que dele sai uma nota musical (!),
aprendemos a fórmula de báskara (ou deveríamos ter aprendido) nossa, tanta
coisa a gente criou, tantas outras descobrimos, mas não aprendemos a olhar nos
olhos de quem está do lado! Não conseguimos dizer o que sentimos. Engatinhamos
na arte de pedir desculpa e não cometer mais o mesmo erro. Entalamos de emoções
e sentimentos guardados. Não os deixamos ir. Nos agarramos em mediocridades
cotidianas e tomamos nossas auras delas. Jogamos para dentro do corpo coisas que depois não sabem como sair. Transformamos emoções em doenças físicas. Nos prendemos em historinhas
destrutivas que em nada farão o mundo nem a realidade mudar. Será mesmo que é
de tanta tecnologia que estamos precisando, ou será que são pessoas mais ‘humanas’, livres de fantasmas e plenas de amor que estamos precisando inventar?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Se inventamos o amor, porque não inventarmos ainda mais meios de espalhar ele por aí? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Gente, cadê olhos nisso? Rá! Tudo isso começou a aparecer na
minha cabeça quando pensei na capacidade INCRÍVEL que os olhos possuem de
falar. Olhos que falam. Mais e mais tenho visto olhos aflitos, olhos de desejo,
olhos amorosos, olhos angustiados, olhos famintos, olhos felizes, olhos de prazer, olhos de ternura e olhos
entristecidos. Comecei a perceber cada vez mais, quando um corpo e uma boca falam
alguma coisa e os olhos estão falando outra coisa. Eu também devo fazer isso, ora vejam, somos humanos contraditórios. Porém, comecei a perceber que é
possível e lindo também quando olhos falam a mesma coisa que o corpo e a boca.
Comecei a ver que algumas coisas se escondem através da expressão física mas
não conseguem fugir imbativelmente do que o olho está dizendo. Olho é nu. Não
pode ter “nudes” mais fatal que esse. Por isso a gente ainda prefere não mexer
nessa profundeza. Corpo não, corpo a gente até disfarça. A fala então, essa a
gente mais aprendeu a arte de manipulá-la. Desde crianças somos ensinados pela
vida a representar a fala, mas raramente a desnudar a fala. A boca é capaz de
tudo (mas não vou menosprezá-la, ela pode ser igualmente incrível - e é.). Já o olho
só sabe ser ele mesmo. E ouso dizer: ele só para de ser ele mesmo quando fecha pra sempre.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Para uma alma com olhos com medo de ser desnudada, tem uma
alternativa: usar óculos escuros. Nem sempre vai ser possível, mas é um jeito.
Não recomendo. Coisa mais linda são os olhos. Penso em quem não fala com os
seus, por problemas visuais, e me ocorre imediatamente que essa mesma função deve
ser feita com outros sentidos que me faltam conhecimento de causa, mas que
existem. Porque alma transborda, senão por esta janela, certamente por alguma
outra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">(uma pausa para indicar o documentário lindo chamado Janela
da Alma – assisti há milênios atrás e faz uma ode aos olhos também).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">(outra pausa aleatória: o Jorge Drexler é foda).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Vou parando de devaneios por aqui, desejando que cada vez
mais e mais pessoas consigam se olhar nos olhos, consigam equilibrar corpo,
alma com fala e olhar, consigam apreciar sutilezas da vida, consigam fazer-se
presentes em suas próprias vidas, consigam amar intransitivamente, consigam
fazer bom uso de sua passagem por esse planetinha que está precisando tanto de
um carinho, de uma atenção, de ser escutado, de ser olhado, de ser respeitado e
apreciado. Não falo somente de cuidar da natureza e do meio necessário para nos
mantermos vivos, mas falo também de cuidarmos mais uns dos outros com tudo que
temos direito, sei que já tem muita gente fazendo isso com muito amor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Se por acaso chegou lendo até aqui, experimente ainda hoje
sair na rua e prestar atenção em tudo sem emitir julgamentos, apenas com olhar
terno e atento, aprendendo e trocando algo novo cada dia mais. Coisas FANTÁSTICAS vão te acontecer na vida quando olhar dentro dos olhos de quem está contigo. De quem está te atendendo. De quem está conversando. De quem está interagindo. De um filho, de uma avó, de um amigo, de um amor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ano passado estava dirigindo distraída e parei atrás de uma
carreta que carregava um boizinho bem bonitinho, meio peludo. Era dia de abate.
Eu já sabia que era dia de abate. Parei bem atrás da carreta, o boizinho
sacudia dentro dela, as orelhas pulavam em cada lombada que passava a carreta,
até que o trânsito parou. Talvez eu preferisse não ter visto nem sentido
aquilo, mas o fato foi que eu vi. O bicho olhou bem dentro dos meus olhos e eu
olhei profundamente dentro dos dele. Ele fazendo força para manter-se em pé
diante da movimentação da carreta, me olhando fundo, não consigo expressar em
palavras o que eu senti, só sei que senti toda a energia dele e seu olhar de quem
sabia que algo ruim iria acontecer. Tenho como explicar? Não. Se alguém já
passou por isso sobre animais e morte, vai me entender. Desde esse dia eu não
consegui mais comer carne de boi, salvas raríssimas vezes que posso contar nos
dedos. E automaticamente acabei parando/diminuindo com outros bichos também, que
já nem era fã, mas isso é coisa para outro texto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ontem prestei atenção atentamente no olhar de uma criança,
que, a cada frase, gesto, sorriso e movimento, me mostrava um mundo tão bonito
e tão cheio de coisas para descobrir. Virar adulto não deveria inibir essa
coisa toda tão linda. Vale tentar. Nunca estaremos prontos para nada. Então,
mexamo-nos perante essa vida louca vida, vida breve...<o:p></o:p></span></div>
<br />Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-65303497341267650162017-09-19T18:56:00.002-07:002017-09-19T18:56:17.531-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPFDGWfVPVlhIeV0fq5_zsKtoAfShpRxageVfS1XCC7BEJVL3_vWW-h9JryNT2iKv_jB8Vrdyh77RjA3cNtebchhY1K6wXNtQwNcDUF3rvoGvHGGZONGxcAUWt9B0cJmMRUJgQveq4Sg/s1600/Screenshot_2017-09-19-22-39-42.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="480" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPFDGWfVPVlhIeV0fq5_zsKtoAfShpRxageVfS1XCC7BEJVL3_vWW-h9JryNT2iKv_jB8Vrdyh77RjA3cNtebchhY1K6wXNtQwNcDUF3rvoGvHGGZONGxcAUWt9B0cJmMRUJgQveq4Sg/s400/Screenshot_2017-09-19-22-39-42.png" width="240" /></a></div>
Estão vendo essa estrelinha com flores na cabeça ao lado?<br />
<br />
O nome dela é Amanda.<br />
A Amanda, através da Luísa, decidiu abrir um blog e colocar lá dentro todo seu mundinho.<br />
Quando li suas primeiras postagens, imediatamente me vi. Não somente nos anseios por colocar um mundo para fora, mas também por me recordar das sensibilidades que eu tinha e poucas pessoas entendiam. E hoje estou aqui, vendo de pertinho uma flor se abrir, desabrochar, abrir uma vida nem que seja nesse campo virtual, mas que diz tudo do campo real.<br />
Tenho um pouco de mágoa de mim mesma de ter ficado tanto tempo parada sem escrever. Queria ter escrito sobre cada contato com cada aluno e aluna especial que cruzaram minha vida. Sobre cada experiência como professora no ensino médio. Cada dia que nunca era igual ao outro.<br />
A energia que emanava de alunos e grupos de alunos sempre foi algo indescritível para mim, merecia sim ter registrado. Que tansa...<br />
Mas enfim, nunca é tarde, então aqui vai, minha saudosa experiência de ter conhecido essa menina tão especial. Às vezes tenho vontade de pegar ela e levar para mim, é um ser de luz, um tipo de pessoa que causa efeitos físicos de aproximação positiva, ela é uma fonte de energia renovável dessas que limpam o ambiente onde circula.<br />
Amada Amanda, mesmo longe, tu moras e sempre morará no meu coração. O longe um dia será perto porque nada é eterno e a vida é um eterno fluxo. Obrigada por ter surgido na minha vida.<br />
Queria tanto ter escrito desde sempre, desde o Barbosa, sobre todas as experiências e amizades verdadeiras que fiz. Nossa, tô total nostálgica.<br />
Quem quiser conhecer as palavras da Amanda, aqui estão<br />
https://ananucablog.wordpress.com/<br />
<br />Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-20553830489253333232016-04-03T17:44:00.001-07:002016-04-03T17:44:08.841-07:00Quando uma música não sai da tua cabeça<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/25_MAZ6zBYc" width="459"></iframe><br /><br />
<br /><br />
Pois desde que eu acordei hoje, essa música está na minha cabeça e eu não sosseguei enquanto não escutei elas umas dez vezes.<br /><br />
Precisava postar isso.<br /><br />
<br /><br />
Não sei se é porque estou há tantos dias do lado dessa janela lateral aqui, ou se é porque ele avisa tanto as coisas que alguém não quis acreditar... especialmente em tempos em que uns estão dormindo, outros estão com receio de novo golpe. Sei lá, tempos difíceis de novo. Vejo uma grade, um velho sinal. Quando eu falava dessas cores mórbidas, quando eu falava desses homens sórdidos, quando eu falava desse temporal, você não quis acreditar...<br /><br />
... e eu ainda era cavaleiro marginal... banhado em ribeirão...<br /><br />
<br /><br />
Esse vídeo tem quase a minha idade.<br /><br />
<br /><br />
O Milton é de fato um ser tão iluminado que me faltam adjetivos.<br /><br />
<br /><br />
Viva os cavaleiros marginais!<br /><br />
<br /><br />
Obrigada Milton!<br /><br />
<br />Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-55207355193955391402016-04-03T10:07:00.002-07:002016-04-03T10:11:56.802-07:00Marias MariasNesta sexta e neste sábado acompanhei a formação de gênero do Cpers, meu sindicato de profe. Minha linda Íris de Carvalho estava na lida organizando tudo junto da Ananda e tudo ficou maravilhosamente bem feito.<br />
No sábado pude participar de uma mesa de debates junto com a profe e ex-deputada Ana Affonso.<br />
O público eram mulheres de todos os núcleos do Cpers de todo o RS.<br />
Falamos sobre muitas coisas...<br />
Mas o que eu precisava registrar novamente é o quanto estar nesses momentos de formação política me transformam a cada dia. Nunca a gente sai igual entrou. Saímos sempre, SEMPRE, uma outra pessoa.<br />
Essa coisa de aprender em grupo, das jovens aprenderem com as mais velhas, das mais velhas aprenderem com as jovens, das mulheres serem capazes de identificar onde reside suas opressões cotidianas, de poderem dar voz à si mesmas, de perceberem que podem ser protagonistas de suas próprias vidas... e deixarem de ser apenas coadjuvantes. Enfim, foi lindo demais, obrigada ao planeta por ter este privilégio de tornar a vida coletiva um sentido para minha existência. A vida individualista não faz o menor sentido.<br />
Lindo demais!<br />
<a href="http://cpers.com.br/formacao-de-generos-e-educacao-do-cpers-forma-novas-educadoras-para-a-luta-de-direitos-e-igualdade-das-mulheres/">http://cpers.com.br/formacao-de-generos-e-educacao-do-cpers-forma-novas-educadoras-para-a-luta-de-direitos-e-igualdade-das-mulheres/</a>Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-51386194637442829462016-03-26T15:29:00.000-07:002016-03-26T15:29:01.322-07:00Tempos de ignorânciaNossa, fiquei perplexa... acabei de ler uma notícia dizendo que uma mulher agrediu o arcebispo Dom Odilo Scherer, acusando-o de comunista! (?) Hein?<br />
Um dos nomes brasileiros mais respeitados, cotado a Papa...<br />
<br />
Dentro da Igreja... agrediu... o arcebispo... uma mulher... hein?<br />
<br />
Que tempos de ignorância são esses?<br />
<br />
Onde foi parar a capacidade de raciocínio?<br />
<br />
Que senhora perdida!<br />
<br />
Nunca me imaginei defendendo a Igreja Católica... mas convenhamos... ainda bem que alguns religiosos se reciclaram e conseguiram avançar com o movimento da história.<br />
<br />
Porque outros religiosos em nome de Cristo estão criando uma nação de pessoas cada vez mais intolerantes e agressivas. Que bom que ainda tem gente que acredita no ser humano e que aposta que a paz é o caminho.<br />
<br />
Honestamente, se Cristo fosse vivo diria que ser chamado de comunista é um elogio. Afinal, sua palavra prega amor, tolerância, igualdade e divisão dos peixes. Não sei como quem defende acumulação de riqueza e fala em seu nome consegue distorcer sua palavra assim dessa maneira.<br />
<br />
Essa senhora deveria rever seus conceitos.<br />
<br />
Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-27037415428343895672016-03-18T10:38:00.001-07:002016-03-18T10:38:58.149-07:00Drª dos bichinhos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe5hEc1AR7j2BxYiR6E5a3H3OyzWDNa_Y7gBkoaT4isEUwuDxw0NF-KIHLgCWhGiF_xmL7atzeuseEX-2Vmsttde18GM7oN_IgE4O53eHtdalVGQ26O67XSzQDghfQ_1mKWDp2pGiBQg/s1600/44444.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe5hEc1AR7j2BxYiR6E5a3H3OyzWDNa_Y7gBkoaT4isEUwuDxw0NF-KIHLgCWhGiF_xmL7atzeuseEX-2Vmsttde18GM7oN_IgE4O53eHtdalVGQ26O67XSzQDghfQ_1mKWDp2pGiBQg/s320/44444.jpg" width="320" /></a></div>
Faz uns dias acordei com vontade de ser veterinária.<br />
Quando era criança dizia que queria ser veterinária mas na verdade as minhas brincadeiras não eram com animais, eram sempre com quadro e giz.<br />
Daí fiquei maior e descobri que para ser veterinária tinha que abrir bichinhos e mexer nas coisas mais podres e infecciosas do mundo. Tirei da minha cabeça.<br />
<br />
Só que parece uma loucura, esses últimos tempos tem me dado a maior vontade de só mexer com bichinhos. A louca foi pesquisar sobre ingressos de diplomados na ufrgs de veterinária. E o que eu descobri? Que ingresso de diplomado não serve para nada se a pessoa não tiver cursado o mesmo curso? Hein? Não entendi. E também nem liguei para lá para descobrir. Se eu quisesse fazer filosofia eu poderia. Porque é tudo da mesma área. Mas uma área que mude assim da água pro vinho não pode. Puxa... magoei. Daí lembrei dessa maluquice de vestibular... e passou minha vontade de ser veterinária.<br />
<br />
Pensando bem... filosofia é bem legal hehehehehe<br />
<br />
<br />Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-40146482903950935282016-03-08T11:37:00.003-08:002016-03-08T11:37:34.758-08:00Nota da Marcha Mundial das Mulheres pelo dia 8 de março<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3dZttByy2oYuTuc3Rpdn3xuH5VgEfBmZaGf1s8y01ANU0qSLHbUewT_JnbOxt1Upr46PmZkB9Mj7ea77MnQwfZIzKoazkwQtfJJfLDLU7ri5ThiND7A-A95Hy5_VdpqewrEQ-mgMiwA/s1600/2014_10_marcha-mulheres.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="186" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3dZttByy2oYuTuc3Rpdn3xuH5VgEfBmZaGf1s8y01ANU0qSLHbUewT_JnbOxt1Upr46PmZkB9Mj7ea77MnQwfZIzKoazkwQtfJJfLDLU7ri5ThiND7A-A95Hy5_VdpqewrEQ-mgMiwA/s320/2014_10_marcha-mulheres.jpg" width="320" /></a></div>
<b>Marcha Mundial das Mulheres nas ruas por igualdade e autonomia!</b><br />
<br />
Somos feministas e estamos nas ruas para mudar a vida das mulheres e o mundo.<br />
<br />
Começamos o ano de 2016 revigoradas pelas energias vindas das grandes<br />
<br />
mobilizações que realizamos durante o ano que passou: a 4ª Ação internacional da<br />
<br />
Marcha Mundial das Mulheres, a Marcha das Margaridas e a Marcha das Mulheres<br />
<br />
Negras, as manifestações de milhares de mulheres em várias cidades exigindo o<br />
<br />
Fora Cunha e a legalização do aborto, frente a tentativa de limitar o acesso à pílula<br />
<br />
do dia seguinte em casos de violência sexual.<br />
<br />
O feminismo é a luta coletiva das mulheres para mudar o mundo e suas vidas e se<br />
<br />
expressa de várias formas: na organização das mulheres negras, jovens, lésbicas,<br />
<br />
trabalhadoras do campo e da cidade, nas ruas, redes e roçados.<br />
<br />
A história das mulheres nos mostra que há momentos de mais liberdade e<br />
<br />
autonomia e outros de retrocessos. Isso porque as dinâmicas do capitalismo racista<br />
<br />
e patriarcal se atualizam impondo novas demandas sobre nossos corpos, nosso<br />
<br />
trabalho e vidas. Sabemos que a luta e a rebeldia são parte dos processos de<br />
<br />
mudanças e transformações. Retomamos essa memória, não para mumificar o<br />
<br />
passado, mas para que a luta de outros tempos estejam presentes nas nossas<br />
<br />
consciências e práticas como parte de nossa revolta e de nossos sonhos.<br />
<br />
A nossa luta é todo dia, mas o 8 de março nos conecta com milhões de mulheres<br />
<br />
que saem as ruas em todos os continentes e também com a história feita por tantas<br />
<br />
mulheres que lutaram antes de nós para mudar suas vidas e mudar o mundo.<br />
<br />
<b><br /></b>
<b>Feminismo em marcha para mudar o mundo</b><br />
<br />
O feminismo construiu a ideia de que liberdade e igualdade são realidades que só<br />
<br />
existem de verdade se for para todas e todos. Por isso afirmamos que nossa luta é<br />
<br />
anticapitalista, anti-patriarcal, antirracista e em defesa de uma sexualidade livre.<br />
<br />
Estamos nas ruas porque apesar das mudanças importantes no país que levaram a<br />
<br />
inclusão de milhões de pessoas nos últimos anos, a violência contra as mulheres<br />
<br />
permanece como parte da desigualdade que não foi transformada. A desigualdade e<br />
<br />
a violência andam de mãos dadas e isso é visível nos dados recentes que mostram<br />
<br />
o aumento da violência contra as mulheres negras. Cresce a violência nos<br />
<br />
municípios menores, com menor oferta de serviços públicos. A falta de autonomia<br />
<br />
econômica ainda impede que muitas mulheres saiam de situações de violência.<br />
<br />
Estamos em marcha pela universalização das creches, para que todas as pessoas<br />
<br />
tenham acesso ao saneamento básico, à moradia e ao transporte público de<br />
<br />
qualidade.<br />
<br />
O patriarcado se estrutura a partir do controle dos homens, individual e<br />
<br />
coletivamente, sobre o trabalho, o corpo e a sexualidade das mulheres. Esse<br />
<br />
controle impede nossa autonomia e a autodeterminação. Olhando para a história,<br />
<br />
vemos como o capitalismo, o patriarcado e o racismo andam lado a lado. Na<br />
<br />
América Latina, a sociedade se estruturou a partir do colonialismo, profundamente<br />
<br />
racista. Como parte da escravidão da população negra e do extermínio indígena, as<br />
<br />
mulheres negras e indígenas tiveram tantas vezes seus violados pelo estupro e seu<br />
<br />
trabalho expropriado.<br />
<br />
Retomamos nossa palavra de ordem “Somos mulheres e não mercadorias!” para<br />
<br />
questionar o retrocesso ideológico no que diz respeito à autonomia das mulheres<br />
<br />
sobre seu corpo. As imposições sobre o nosso peso, nossa pele, nossa aparência e<br />
<br />
nosso cabelo se somam com as imposições e julgamentos sobre nosso<br />
<br />
comportamento. Nossa liberdade é negada todas as vezes que nosso espaço é<br />
<br />
invadido pelo assédio, todas as vezes que nossas denúncias não são escutadas e<br />
<br />
que nossa fala é desqualificada. Nossa autonomia é colocada em questão sempre<br />
<br />
que as grandes corporações, a ciência e o poder médico disputam o monopólio<br />
<br />
sobre nossos corpos, quando querem tratar apenas os sintomas de problemas<br />
<br />
causados por um cotidiano marcado por tanto machismo. Estamos em marcha<br />
<br />
contra aquilo que nos oprime, reprime e deprime!<br />
<br />
<b><br /></b>
<b>Em marcha pela legalização do aborto</b><br />
<br />
Estamos em marcha pra que todas as mulheres tenham autonomia. O direito de<br />
<br />
decidir sobre a gravidez é parte essencial das decisões sobre os rumos das nossas<br />
<br />
vidas. Nessa sociedade patriarcal, a maternidade é vista como o destino das<br />
<br />
mulheres. É como se nos realizássemos como mulheres apenas se e quando nos<br />
<br />
tornamos mães.<br />
<br />
A decisão de interromper uma gravidez indesejada envolve muita responsabilidade,<br />
<br />
porque sabemos o que significa ter um filho e organizar nossa vida garantindo seus<br />
<br />
cuidados.<br />
<br />
A questão do aborto é tratada com muita hipocrisia. Mesmo não sendo um<br />
<br />
procedimento permitido pela lei, a realidade é: as mulheres abortam.<br />
<br />
Todas somos clandestinas, mas as que tem dinheiro, informação e contatos,<br />
<br />
interrompem a gravidez em condições seguras. Essa é a realidade de poucas<br />
<br />
mulheres: a maioria acaba colocando sua saúde em risco porque o Estado não<br />
<br />
garante que a sua decisão seja respeitada.<br />
<br />
<br />
<b>Para mudar a vida das mulheres, nosso país tem que mudar mais</b><br />
<br />
Há pouco mais de 10 anos, muita coisa começou a mudar na América Latina.<br />
<br />
Aqui no Brasil, a criação de milhões de empregos e a formalização de outros tantos,<br />
<br />
a valorização do salário mínimo, a ampliação das vagas na universidade e das<br />
<br />
políticas para a agricultura familiar e os programas sociais mudaram a vida da<br />
<br />
maioria da população. Mas essas mudanças são pouco frente a desigualdade do<br />
<br />
país e aos nossos desejos de transformações profundas.<br />
<br />
As mudanças que precisamos são estruturais, como as reformas agrária e urbana,<br />
<br />
tributária e política. A história recente está nos mostrando que essas mudanças só<br />
<br />
serão possíveis enfrentando os privilégios e as reações das elites, mas também a<br />
<br />
contradições geradas por esse modelo. Uma delas é que o modelo de<br />
<br />
desenvolvimento que melhorou a qualidade de vida das pessoas foi o mesmo que<br />
<br />
permitiu o crescimento de muitas empresas brasileiras que violam direitos, tratam a<br />
<br />
natureza como mercadoria; liberou o uso desenfreado de transgênicos; expulsa<br />
<br />
muitas comunidades que tiveram seus territórios invadidos por mineradoras, pelo<br />
<br />
agronegócio ou mesmo pelas hidroelétricas. Temos visto a militarização nas cidades<br />
<br />
e periferias, o aumento da violência contra a juventude negra e do encarceramento<br />
<br />
da mulheres e homens.<br />
<br />
<b><br /></b>
<b>A agenda conservadora</b><br />
<br />
Os setores poderosos do mercado não abrem mão de seus privilégios e de ter o<br />
<br />
Estado atuando em seu favor. Eles construíram uma agenda conservadora que hoje<br />
<br />
ataca todas as mudanças recentes e ainda querem alterar as conquistas da<br />
<br />
Constituição Federal de 1988.<br />
<br />
Essa reação conservadora se fortaleceu, articulada pelos grandes meios de<br />
<br />
comunicação, grandes empresas e seus representantes nos espaços de poder e<br />
<br />
decisão. Eles não querem apenas terceirizar o trabalho, reduzir a maioridade penal<br />
<br />
ou impor um modelo de família heterossexual. Eles querem tudo ao mesmo tempo e<br />
<br />
por isso é fundamental que a nossa luta não seja fragmentada.<br />
<br />
Estamos em uma crise econômica internacional que no Brasil repercutiu com a<br />
<br />
queda do preço de vários produtos exportados e também do petróleo. Diante das<br />
<br />
pressões da direita e com esta crise para enfrentar, o governo escolheu um caminho<br />
<br />
que aprofunda a crise para as trabalhadoras e os trabalhadores.<br />
<br />
<b><br /></b>
<b>Alianças para frear os retrocessos</b><br />
<br />
Estamos organizadas com os movimentos sociais na Frente Brasil Popular para<br />
<br />
resistir ao avanço da direita e do conservadorismo e não aceitaremos retrocessos!<br />
<br />
A defesa da democracia implica em fortalecê-la e ter políticas geradoras de<br />
<br />
igualdade. A atual política econômica está muito distante disso e tem promovido o<br />
<br />
desemprego, mantendo taxas de lucro funcionais ao grande capital promovendo a<br />
<br />
concentração de renda. É preciso radicalizar na democracia e viabilizar espaços de<br />
<br />
participação direta. O mandato da presidenta Dilma não se viabilizará somente nos<br />
<br />
corredores do palácio, mas nas ruas e no diálogo aberto com os setores da<br />
<br />
sociedade que estão em luta por direitos.<br />
<br />
<br />
<b>Crise não se resolve com ajuste!</b><br />
<br />
As políticas de ajuste são falsas soluções para os problemas graves que estamos<br />
<br />
enfrentando. A experiência dos nossos países latino-americanos já demonstrou que<br />
<br />
o corte de investimento nas políticas sociais, na garantia dos direitos como<br />
<br />
educação e saúde, produz mais sobrecarga de trabalho para as mulheres que são<br />
<br />
responsáveis por garantir as sustentabilidade da vida com bicos e empregos<br />
<br />
precários, e com uma economia que se compensa com mais trabalho doméstico e<br />
<br />
de cuidados.<br />
<br />
O que o mercado diz querer é que o Estado (legislativo, executivo e judiciário) não<br />
<br />
interfira em seus lucros. Esse discurso é mentiroso e hipócrita. A pressão do<br />
<br />
mercado é para que o Estado interfira sim: aprovando legislações que facilitem os<br />
<br />
lucros das empresas, ou assinando acordos de livre comércio em que o Estado abre<br />
<br />
mão de garantir o direito das pessoas e permite que estes se tornem mercadorias,<br />
<br />
que só tem acesso quem pode comprar. As empresas também querem que o<br />
<br />
Estado não fiscalize como deveria suas operações que colocam em risco as<br />
<br />
condições de vida de comunidades inteiras, ou que chegam a destruir vidas, rios e<br />
<br />
biodiversidade.<br />
<br />
Além disso, as políticas de ajuste fiscal fragilizam o papel do Estado como<br />
<br />
orientador da economia e gera uma desestabilização de empresas públicas abrindo<br />
<br />
caminho para privatizações.<br />
<br />
Mas eles querem mais: a direita conservadora está manipulando questões<br />
<br />
importantes para o povo como o combate à corrupção para impor mais<br />
<br />
privatizações, como o que querem fazer com a Petrobrás. A corrupção precisa ser<br />
<br />
investigada e punida em todos os âmbitos que ela acontece, mas não pode ser<br />
<br />
usada como desculpa para políticas neoliberais. É preciso transformar o sistema<br />
<br />
político para que as empresas privadas parem de financiar a campanha de todos<br />
<br />
que chegam ao poder.<br />
<br />
<b><br /></b>
<b>Defendemos que a previdência seja universal, solidária e redistributiva!</b><br />
<br />
Entre tantos ataques e ameaças aos nossos direitos que estamos enfrentando, está<br />
<br />
a de que haja uma reforma da previdência orientada pela visão do mercado.<br />
<br />
O objetivo da previdência e de todo sistema de seguridade social não é dar lucro, e<br />
<br />
sim garantir condições de vida dignas e adequadas para todas as pessoas que<br />
<br />
passaram a sua vida contribuindo com a economia do nosso país.<br />
<br />
A previdência tem potencial de transformar a realidade. A valorização do salário<br />
<br />
mínimo desde 2004 teve um impacto muito positivo para reduzir a pobreza e<br />
<br />
enfrentar as desigualdades. Não podemos admitir que alguém que passou a vida<br />
<br />
inteira trabalhando tenha seus rendimentos da aposentadoria desvinculados do<br />
<br />
salário mínimo.<br />
<br />
Defendemos que a previdência seja universal, para que este seja um direito<br />
<br />
assegurado para todos e todas!<br />
<br />
Ainda temos uma grande parte de pessoas fora deste sistema previdenciário,<br />
<br />
sobretudo mulheres que enfrentam a desigualdade cotidiana em seu trabalho. É o<br />
<br />
caso de quem está no trabalho informal, uma grande parcela das trabalhadoras<br />
<br />
domésticas e das trabalhadoras rurais.<br />
<br />
Defendemos o caráter redistributivo da política de previdência social. Isso significa<br />
<br />
que a seguridade social precisa contribuir para a distribuição da riqueza no país.<br />
<br />
Para uma previdência que inclua todas as mulheres, é necessário o reconhecimento<br />
<br />
do trabalho doméstico e de cuidados realizado no cotidiano de maneira gratuita,<br />
<br />
como trabalho fundamental para a economia e para a sustentabilidade da vida<br />
<br />
humana.<br />
<br />
O fim do fator previdenciário contribuirá para que a previdência social combata as<br />
<br />
desigualdades, porque sua existência tem significado prejuízo para as mulheres que<br />
<br />
se aposentam mais cedo. E a manutenção dos cinco anos de diferença para a<br />
<br />
aposentadoria de homens e mulheres é fundamental no sentido de que combater as<br />
<br />
desigualdades provocadas pela divisão sexual do trabalho.<br />
<br />
<b><br /></b>
<b>Enfrentar o conservadorismo</b><br />
<br />
Os movimentos sociais em luta precisam entender e incorporar o que as mulheres<br />
<br />
expressam nas ruas neste momento de resistência e na pressão pelas mudanças<br />
<br />
necessárias: o conservadorismo não se restringe à economia. Não é coincidência<br />
<br />
que os que hoje lideram os ataques à nossa soberania e aos nossos direitos são os<br />
<br />
mesmos que tem se empenhado contra a autonomia das mulheres.<br />
<br />
O enfrentamento às políticas neoliberais não podem secundar ou ocultar os ataques<br />
<br />
que as mulheres, a população negra, as lésbicas, bissexuais, gays e transexuais<br />
<br />
vem sofrendo.<br />
<br />
<b><br /></b>
<b>A América Latina está em luta! </b><br />
<br />
Somos povos em luta em defesa da água e contra a expansão da mineração e do<br />
<br />
extrativismo. Mulheres e homens em luta por soberania e pelo fim da ocupação de<br />
<br />
seus territórios, como no Haiti que há mais de 10 anos é ocupado por tropas<br />
<br />
militares das Nações Unidas: exigimos que o Brasil retire suas tropas do Haiti!<br />
<br />
Somos mulheres em luta contra a violência machista em casa, nas ruas e no<br />
<br />
trabalho, em luta para compartilhar o trabalho doméstico e pela socialização dos<br />
<br />
cuidados. Somos trabalhadoras e trabalhadores enfrentando a impunidade e o<br />
<br />
poder das empresas transnacionais que pressionam os governos a assinar acordos<br />
<br />
de livre comércio: somos contra o acordo Mercosul-União Européia.<br />
<br />
Estamos juntas na luta pela democratização da comunicação e construímos com<br />
<br />
movimentos sociais de todo o continente uma comunicação contra-hegemônica,<br />
<br />
ecoando o feminismo nas ruas, nas redes e nos roçados.<br />
<br />
<br />
<b>Nossa luta é todo dia!</b><br />
<br />
As mulheres criam no cotidiano alternativas concretas à economia dominante,<br />
<br />
articulando transformações na produção, na reprodução e no consumo. As mulheres<br />
<br />
constroem a agroecologia e praticam a economia solidária. Com nosso trabalho e<br />
<br />
conhecimento histórico, afirmamos que a soberania alimentar é estratégica para a<br />
<br />
transformação que queremos pois enfrenta a lógica do agronegócio que envenena<br />
<br />
nossos corpos e nos expulsa das nossas terras.<br />
<br />
Diante da lógica violenta do mercado, a resistência feminista se baseia na<br />
<br />
radicalidade e na afirmação de que o projeto de igualdade e autonomia para todas<br />
<br />
as mulheres tem que ser parte integrante do projeto de autodeterminação e<br />
<br />
soberania dos povos. Esse projeto é incompatível com uma sociedade em que<br />
<br />
poucos tem muito e a maioria não tem quase nada. Por isso, na Marcha Mundial<br />
<br />
das Mulheres construímos alianças com os movimentos sociais em lutas que<br />
<br />
questionam profundamente as desigualdades do sistema capitalista, patriarcal e<br />
<br />
racista.<br />
<br />
Estamos em marcha pela superação da divisão sexual do trabalho, o fim da<br />
<br />
violência contra as mulheres e por um mundo em que as mulheres tenham<br />
<br />
autonomia e relações de liberdade que só podem se realizar, para todas as<br />
<br />
mulheres, com a igualdade.<br />
<br />
<b>Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!</b><br />
<br />
<i>Marcha Mundial das Mulheres</i><br />
<i><br /></i>
<i>www.marchamundialdasmulheres.org.br</i><br />
<i><br /></i>
<i>marchamulheres@sof.org.br</i><br />
<br />
<br />Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-61685265906284400532016-02-25T15:43:00.003-08:002016-02-25T15:43:33.785-08:00Bléeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeergs que sensação ruim!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1nCHUdVRy3z4vCAtrEVcRd5sq0esflADhE7HZfUa75XLfIj6ydzvXCRm_-xOx70GRb-F0sXAbydue6-tNz4ugoQZMxgraHDocvYrSuQ1wLx4SZJkNg0TWzNZsb-zOiJC7vNiP0Dkk5g/s1600/desenhos-animados_pink.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1nCHUdVRy3z4vCAtrEVcRd5sq0esflADhE7HZfUa75XLfIj6ydzvXCRm_-xOx70GRb-F0sXAbydue6-tNz4ugoQZMxgraHDocvYrSuQ1wLx4SZJkNg0TWzNZsb-zOiJC7vNiP0Dkk5g/s320/desenhos-animados_pink.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Desde ano passado, mais ou menos antes do meio do ano, fui
bloqueada pelo facebook sob alegação de não ser uma pessoa. Não sei bem como não
se pode ser uma pessoa e ter facebook, mas enfim, tentei entender que eram
regras de segurança do face. Tratava-se do seguinte caso: troquei meu nome em
menos de alguns meses, o que gerou um comportamento suspeito. Troquei de Ingrid
para Fifi e depois para Ingrid de novo. Deu alguns dias e fui solicitada que
enviasse cópia do documento de identidade. Claro que não mandei. Já estamos em
fevereiro de 2016, passaram-se muuuuuuuuitos meses e sigo bloqueada. </div>
<div class="MsoNormal">
Com isso estive fora de muitos grupos que eram úteis para
mim. Perdi a data do aniversário de várias pessoas. Não pude ver atualização de
fotos ou notícias de pessoas que realmente estimo e quero bem.</div>
<div class="MsoNormal">
Maaaaaaaaaas... como toda a história tem um “mas”... não
absorvi a exacerbada carga de energia negativa de postagens baixo-astral inúteis,
manifestações de ódio gratuitas, hostilidades virtuais cansativas,
compartilhamentos de mentiras, mensagens de súplicas por atenção, indiretas
para pessoas que nem as leem, brigas fanáticas e previsíveis anti-tudo,
manifestações de amor por quem se detesta, manifestações de carinho por quem
quase não o tem, enfim, diversas coisas que eu mesma já deva ter feito e que
quando se faz parte do face a gente faz mesmo sabendo que é mega clichê. E o
principal do “mas”: ganhei tempo! Sim! Tempo! A abstração mais material do
mundo. Nosso rico e precioso tempo. Se a pessoa gasta ele com algo que
engrandeça, ainda vá. E existem de fato coisas no face que nos engrandecem ou
que nos informam melhor. Mas 75% das coisas são inúteis, gastam nosso tempo e
mancham nossa tão difícil e sensível “aura” sem nenhum propósito efetivo.</div>
<div class="MsoNormal">
Pode ser que volte para o face. Claro! Mas essas férias do
face me fizeram de fato muuuuuuuuuuuuuuuuuito bem. </div>
<br />
<div class="MsoNormal">
O título era sobre sensação ruim... pois bem... li através
de outro face sobre o cenário político na minha cidade. Ainda estou com ânsia
de vômito. Psicose e política não combinam. Blérgs.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>*pensei em ilustrar esse pequeno post com algum desenho, eis que me deparo com dois malucos: o Pink e o Cérebro planejando dominar o mundo... caiu como uma luva!</i></div>
Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-42027108017785117382015-07-29T18:34:00.003-07:002015-07-29T18:51:48.015-07:00Uma vida é muito pouco<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYyLg43nbrkxDU09RZRKgYRJEbSrWrHDAYlqNQpMRYcgjpmog5iTn66QGvNOEVByj32VhflAcplEmC0G_w-6X9RtAk9syyhHV0lqc7gjt1dFWTYhKwAG_nyeTyL6nFUsoi276CjsuUeg/s1600/CYMERA_20131202_230447.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYyLg43nbrkxDU09RZRKgYRJEbSrWrHDAYlqNQpMRYcgjpmog5iTn66QGvNOEVByj32VhflAcplEmC0G_w-6X9RtAk9syyhHV0lqc7gjt1dFWTYhKwAG_nyeTyL6nFUsoi276CjsuUeg/s200/CYMERA_20131202_230447.jpg" width="150" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Março
até julho de 2015 foram os meses da preguiça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Nunca
fui tão preguiçosa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Até
para atividades físicas, embora tenha feito muitas, relaxei perante o que havia
planejado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Nunca
fui tão preguiçosa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Aliás,
já fui, quando era adolescente. Adolescente eu era capaz de dormir doze horas
sem acordar. E ainda sentir sono.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Não
sei que relação pode ter, mas pela primeira vez na minha vida meus exames médicos
acusaram falta de vitamina B12. Vou culpar a minha química pela minha preguiça
e falta de iniciativa intelectual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Sinto
que isso tudo vai mudar, que vou voltar a ser eu mesma bem <st1:personname productid="em breve. Hoje" w:st="on">em breve. Hoje</st1:personname> tive um
estalo, parece que reacendeu uma chama que sempre me pertenceu. Parece que do
nada meu estímulo começou a voltar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Me
lembrei de tudo que já fiz ao mesmo tempo na vida e pensei que jamais estive tão
paradona.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Foi
aí que me lembrei dos meus ímpetos de querer saber sempre mais. O que me moveu
foi eternamente a curiosidade. Sempre quis saber como funciona toda a
engrenagem de tudo. Da música, passando pela política, pelos esportes, pela
economia até a poesia. E agora estou aqui, como quem está “de molho” na
curiosidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Sempre
pensei que havia muito pouco tempo na vida para se saber tudo que poderíamos. E
sempre tive certeza que jamais saberemos tudo, mas que quanto mais soubéssemos
mais felizes seríamos. Afinal, meu ímpeto de vida sempre se baseou nessa
vontade curiosa incessante. Em alguns momentos da vida sempre sinto que me ligo
em coisas diferentes. E assim me sinto mais plena. Por exemplo: minha mãe
sempre me ensinou sobre alguns bichinhos, sobre como funcionam algumas plantas.
Jamais eu pensaria o quanto me faria feliz plantar um cactos ou criar mudas de
folhagens e flores. Mas para isso precisa de técnica. Nossa, esse ano descobri
altas técnicas. Aprendi também nos últimos tempos, muito mais sobre vento e marés
do que a minha vida toda. Apesar da preguiça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Aprendi,
apesar da preguiça. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Em
outros momentos da vida estive ultra ligada em tudo que fosse poético. E tudo realmente virava poesia.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial;">Tive meu tempo da filosofia. Tudo era baseado na filosofia mais clássica possível. Até conhecer a Genealogia da Moral e me dar conta que as palavras fazem diferença sim. Inclusive que a decisão das mulheres de chamar a Dilma de presidentA faz sentido para quem se importa com política.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Teve
um tempo que a minha vida fez sentido estudando economia. Nossa, tudo fazia
sentido. E ao mesmo tempo nada fazia sentido. Mas aquilo me completava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Em
outros momentos fui tomada pela psicologia de Freud. E tudo tinha o Freud no
meio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">E
o que aprendi com o Reiki então? Jamais pensei que saberia coisas básicas como
o alinhamento dos Chakras e o poder da energia concentrado nas mãos. Foi quando
não me imaginava conhecendo mais das ciências médicas ou da física, que aprendi
muito sobre corpo humano e sobre forças energéticas vitais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Já
estive fã da física quântica, mesmo sabendo muito pouco. Aliás, era saber muito
pouco que me fazia tão feliz. Porque parecia que no meio daquela maluquice tudo
fazia sentido ainda que nem tudo pudesse ser observado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Método
de pesquisa. Teve um tempo que método de pesquisa era quase como quem descobre
como se deve viver. Ainda que possa parecer “quadrado” eu dizer isso, estudar método
de pesquisa e perceber que muitos realmente praticam o que teorizam, fizeram-me
ver que método de pesquisa é coisa séria. Que não se blefa, que não se brinca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Ciência
política. Jamais pensei. Achei que estava no sangue de cada um o envolvimento
político e a incapacidade de ver atrocidades e não sentir nada. Que nada! Foi
me afastando um pouco da organicidade política que descobri que muita gente não
está nem aí para nada. Só repetem igual papagaios o que gente raivosa diz, e não
entende bulhufas sequer como funciona a estrutura dos poderes públicos. Imagina
então se vão se esforçar para entender como funciona a estrutura eleitoral. Piorou.
Percebi que meu envolvimento orgânico partidário me ensinou a perceber muita
coisa. E jamais pensei, mas me ensinou a desenvolver uma coisa chamada
disciplina de organização. Pensei que sociedade adulta do “mundo lá fora”
soubesse minimamente se organizar. E pensei que um partido político era uma
bagunça. Que nada! O mundo lá fora é uma bagunça e o partido político é
organizado. Ao menos dentro de uma estrutura partidária a gente aprende a
esperar nossa vez de falar. Aprende a contemplar as diferenças. Minimamente,
respeitar. O partido é uma escola. E uma escola é uma escola para muitas
coisas. Mas sinto que nem sempre temos guardada nossa vez de falar e muitas
vezes impera a imposição de crenças independentemente das diferenças entre
milhares de cabeças, entre milhares de sentenças. Mesmo assim, aprendi bilhões de outras coisas. Especialmente no convívio humano. Especialmente da ordem das humanidades. E também das desumanidades. Que são irmãs gêmeas, que andam lado a lado, que são constantes e que nos desenvolvem turbilhões de sentimentos e sensações. Uma doideira só. Quem é professor e liga o botão do aprendizado "mecânico" não sabe o que está perdendo. Um sindicato também é uma
escola de organização. Esse ainda não participei. Sinceramente, apoio todo
movimento sindical, mas não estou com ânimo de participar dele num horizonte de
muitos anos. Talvez seja porque estou envolvida com a política desde que me
conheço por gente. E agora dei um “break” para saber mais sobre outras
aprendizagens. E também porque preciso terminar minha tese. Só eu posso fazer
isso por mim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Uma vida é muito pouco tempo para conhecer todos os sabores de comida. Todos os temperos. Uma vida é muito pouco para saber quais profissões seriam legais. Uma vida é muito pouco para saber diversas emoções, adrenalinas possíveis, lugares mágicos de se morar. Quanto tempo da vida será que passamos pensando nas escolhas que tomamos? No destino se fosse por outro caminho? Enfim, seja a escolha que fizermos, que sejamos capazes de aproveitar aquele momento.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">E
nisso tudo fico pensando: como é que a gente é capaz de aproveitar melhor nosso
tempo sabendo mais coisas e tendo acesso à mais coisas? Já pensou que maluco
todos poderem viajar pelo mundo? E as pessoas que não têm todo aquele dinheiro? Mereciam não conhecer mais coisas do que as que têm? Claro que não! Existe aprendizagem melhor que a prática? Que
observar, que tocar? Que aprender brincando? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Enfim, sinto reacendendo aquela minha energia vital de ter
curiosidade. Das mais singelas às mais complexas. Obrigada, B12!!! Não sei se é
a vitamina ou se é um semestre que inicia, mas sinto minha energia voltando pro
eixo de onde nunca deveria ter saído!<o:p></o:p></span></div>
Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-54235286323238853032014-07-20T14:12:00.000-07:002014-07-20T14:12:18.062-07:00Mundão véio sem portera<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas eu não sou daqui... eu não tenho amor... eu sou da
Bahia... de São Salvador...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Marinheiro só.............</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Às vezes eu acho o mundo uma droga. Uma droga ilícita
alucinógena letal. Não sei se existe e nem qual é. Quando vejo ódio, raiva,
rancor, competição e mesquinharia, eu desacredito. Quando vejo que a ética é a do poder dos objetos sobre as pessoas. Pessoas que com objetos dominam outras pessoas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Às vezes eu acho o mundo uma coisa maravilhosa cheia de
outras coisas dentro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E dentro de outra coisa, de outra e de outra, um mundo
infinito de coisas. Tipo o Horton e o Mundo dos Quem. Um desenhozinho querido
onde um elefante descobre que numa pluma existe uma formação social completa e
escuta uma voz de lá. Tenta fazer toda floresta acreditar que escutou uma voz
saindo da pluma. E na pluma viviam os Quem. O mundinho dos Quem, que cabia numa
pluminha era muito divertido mas também cheio de contradições. Tipo o mundo do
Horton. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Esse desenho fofo me faz pensar muita coisa. Que tem muita
coisa para ser compartilhada nesse mundo. Tem muitos mundos num mundo só. Tem
muita vida numa vida só. Tem pouco tempo numa vida só. Por outro lado, mesmo
sabendo que temos pouco tempo numa vida só, insistimos em gastar esse tempo com
mil parafernálias que nos oferecem para que deixemos nossa vida e nossos objetivos
serem as coisas mais fúteis do mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Temos pouco tempo. Temos nosso próprio tempo. Não temos medo
do escuro... mas deixe as luzes acesas... (e se deixar vou seguir cantando até
amanhã...)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Assisti meio que forçada, porque queria fazer outra coisa,
mas meu empolgadíssimo irmão tem por hábito mostrar goela abaixo as coisas que
ele acha interessante, até que vejamos. Isso não é uma crítica, pelo contrário,
não fosse assim eu não teria visto. Um documentário dizendo tudo que acontecia
no mundo num único dia. Dia 10.10.2010. As coisas mais simples. Quantas pessoas
amaram, casaram, choraram, foram à escola, foram trabalhar, quanta mercadoria
circulou no mundo, quanta gente nasceu, quantas morreram, enfim, tudo que
aconteceu em apenas um dia da Terra. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">As imagens que iam de norte a sul do planeta, me comoveram.
Quanta cultura, quanta crença, quantas emoções, quantos sentimentos, quanto
tudo. E nisso vi que o mundo é muito grande para a gente ter a audácia de
querer desbravá-lo. Por outro lado, assistindo o Rubem Alves que faleceu ontem,
o ouvi falando que o que nos dá sentido e significado é o que está à nossa
volta. O que temos de mais perto. Como a cebola. Não temos como ser o centro da
cebola e querer atingir a camada mais externa sem passar pelas camadas do meio.
Por isso manuseamos, lidamos, convivemos, pensamos e repensamos sobre o que
está mais próximo. Para depois tentar ir além. Lembrei dos meus desejos malucos
de ir mundo afora sem ter hora para voltar. Sem ter passagem de volta. Por
outro lado parei para pensar num mundo todo desconhecido que existe e ainda
está perto de mim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Lembrei do Horton e pensei nas tantas coisas que estão perto
e tantos mundos, e, no entanto, não enxergamos nem ouvimos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Esse mundo ainda tem muita coisa para eu conhecer. E não são
pontos turísticos. São pontos humanos. Feito de gente e de natureza. Cultura de gente. Modos
de pensar de gente. Tenho medo de querer saber tanto do mundo e acabar aqui, me
distraindo com porcarias inúteis que me tomam tempo de felicidade. E desperdiçam
energia. Não fosse a preguiça eu seria muito mais curiosa do que sou.<o:p></o:p></span></div>
Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-34939915074050529382014-02-25T11:46:00.001-08:002014-02-25T11:47:03.713-08:00ContradiçõesVivemos num sistema global tão milimetricamente medido, que nenhum país pode dançar uma música diferente da ordem. Soberania nacional não tem sentido, é um conceito líquido nos dias de hoje. Um país só não faz primavera. Impulsiona outros a levantarem-se. Mas são engolidos em pouco tempo novamente.<br />
Os últimos conflitos internacionais só nos mostram o que a história da humanidade mostrou até hoje quando privilégios dos grandes estão em disputa: o sangue que derrama é da classe trabalhadora.<br />
Até aqui tudo óbvio.<br />
E se fosse o Brasil?<br />
Se a pessoa não defender guerra civil e derramamento de sangue em troca da tentativa de romper turbilhões de amarras capitalistas ela se torna uma petista de direita? Não entendo isso. Tem como ser democrático e republicano optando pelo rompimento brusco com o capital? Existe um só lugar que isso tenha dado certo em dado território da noite pro dia?<br />
Para a direita, o governo brasileiro é de esquerdistas terroristas.<br />
Para alguns setores da dita esquerda, é de direita e vendido.<br />
E para todos que discursam sobre rompimentos com o capital, eu perguntaria: estão preparados para lutar na base da força física? Quem será que venceria no meio da rua, eu, minhas ideias, meu discurso e meu senso de humanidade, ou uma bazuca norteamericana?<br />
Teríamos nós, brasileiros iluminados, formas de não acabar como qualquer outro país que desafia o capitalismo norteamericano, sem derramar mais sangue do que já vemos dia e noite através da violência do capital?<br />
Não sei.<br />
Mas é preciso solidarizar-se com outros países tendo sua economia e a tal "soberania" ameaçadas, com a mesma capacidade de olhar para o próprio país. E parar de achar que as políticas dos vizinhos são sempre mais românticas. Setores da esquerda apaixonados pela Venezuela, e odiosos ao Brasil. Tem algum sentido? O Governo da Venezuela rompeu com o capital? Não. Mas tomou decisões políticas favoráveis ao povo, criando políticas públicas com verbas para a educação. Isso é bom. Só que o Brasil criou e destina muito mais. Mas aqui é feio. Aqui não se rompe com o capital! Essa linha de raciocínio ainda não encaixa na minha cabeça.<br />
Porque contradições, todos os governos estão tendo. A pergunta é, o que nós queremos? Se o problema for esse, romper com o capital é fácil. O PT ganharia troféu de honra ao mérito por setores da esquerda. Mas e o depois? De quem se tornará a responsabilidade pela guerra? A Dilma?<br />
Sim, guerra. De soldadinho e tudo.<br />
Ah, virei conservadora? Não, só estou de saco cheio de discurso esquizofrênico. Nos outros países tudo é lindo. Até gente morrendo em nome da pátria, é lindo. No Brasil nada serve...<br />
Desafio para quem concorda que nosso sistema econômico mundial é violento e desigual, responda:<br />
- Como romper com o capital baseado em princípios democráticos garantindo a integridade social?<br />
Quem souber, pode ganhar o cargo de presidente da república. Eu não sei.Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-33849601712834941812013-09-10T12:01:00.000-07:002013-09-10T18:51:10.170-07:00Ainda bem que não sou eu quem manda aquiLi esta poesia, e lembrei-me de várias pessoas que ao longo de suas vidas compreenderam e reforçaram ao mundo que o ser humano não é o dono da natureza, ou que tampouco o dono de tudo que há no mundo é uma entidade "humanificada", e, pior do que isso, masculinizada. Religiosos poderiam dizer que a menção destas palavras remetem à Deus. A interpretação é livre. Eu diria que me reforça ainda mais a ideia de que somos parte, processo, transformação e não de que somos menores ou maiores que o resto do universo. Em outras palavras, somos parte da natureza, tanto quanto todo o meio ambiente que nos completa. E se nos consideramos "parte", pressupomos sintonia e sincronia com as outras partes, e não supremacia ou autoritarismo perante as outras partes. Ao ler isto sem a menor intenção, num livro de Feng Shui encontrado ao acaso na minha prateleira com "técnicas energéticas milenares", me peguei pensando: precisava dividir com mais gente. Mesmo que apenas para reflexão.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMDF7ZN_i0f7fxn3m2ehJlWWHOl4FPjQgwAxUsikTL0FdaMt9oxzR6cg2G85XmZh0elYYTATW_LGek3Po-cJ6_Z9TqHo_58ykD2g0fyf3WqT7apPdHyDhXswRBKnGVauu30Xked5Bs8g/s1600/natureza-c727a3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMDF7ZN_i0f7fxn3m2ehJlWWHOl4FPjQgwAxUsikTL0FdaMt9oxzR6cg2G85XmZh0elYYTATW_LGek3Po-cJ6_Z9TqHo_58ykD2g0fyf3WqT7apPdHyDhXswRBKnGVauu30Xked5Bs8g/s1600/natureza-c727a3.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
Ainda bem que não sou eu quem manda aqui<br />
<br />
Eu jamais teria imaginado um pinhão<br />
nem um porco-espinho, nem uma romã,<br />
e ainda que lograsse imaginar um cometa,<br />
como conseguiria construir um deles?<br />
ou organizar a vida de um lago?<br />
<br />
Onde teria eu encontrado a energia<br />
para tornar distinto cada floco de neve?<br />
(é mais ou meu estilo fazer um ou dois<br />
modelos razoáveis, construir um molde<br />
e fabricá-los em série)<br />
<br />
E em definitivo não se parece comigo<br />
terminar uma cordilheira toda e depois ir<br />
cuidadosamente retocando com minúsculas<br />
florestas de musgo a face virada para o norte<br />
de cada pedra<br />
<br />
Tenho excelente memória para os detalhes<br />
mas me parece provável que fosse esquecer<br />
as bolinhas das costas de uma joaninha<br />
<br />
E teria esquecido de amarrar<br />
cada uma das madeixas de seda<br />
de cada grão de cada espiga de milho<br />
<br />
(Ora, eu já morei numa casa por dois anos<br />
sem pendurar cortinas no quarto de dormir<br />
- provavelmente eu jamais conseguiria<br />
me levar a construir uma cachoeira)<br />
<br />
E não consigo ter em mente alguma coisa<br />
pelo tempo que é preciso para ser um rio,<br />
nem me concentrar pelo tempo necessário<br />
de me tornar numa vertente fria e funda<br />
<br />
E ainda que eu tivesse, em caixinhas,<br />
o tipo certo de átomos e moléculas,<br />
quanto tempo levaria em montá-los<br />
para formar uma mera gota d´água?<br />
<br />
E o brilho despedido por aquela gota?<br />
Bem, acho que para todo o sempre ficarei<br />
a procurar os começos daquela luz.<br />
<br />
Viu só? Ainda bem que não sou eu quem manda aqui.<br />
<br />
Evi SeidmanFifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-4391512632004014122013-09-09T09:20:00.001-07:002013-09-09T09:23:53.590-07:00Um terço de mim <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNCi7QGbmAdlJUt3Sw3SCduyl-lmSGGkybQXuYufGyBz-IGpDx4iPInstSGe5NggJRdQLNYFEgFNMse4oTunFGH5SpnPY6xf8K9HUJxWREwbXxSQPHWXBhsAMrSY6F2em1magQ7H3a_Q/s1600/DSC08998.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNCi7QGbmAdlJUt3Sw3SCduyl-lmSGGkybQXuYufGyBz-IGpDx4iPInstSGe5NggJRdQLNYFEgFNMse4oTunFGH5SpnPY6xf8K9HUJxWREwbXxSQPHWXBhsAMrSY6F2em1magQ7H3a_Q/s1600/DSC08998.JPG" height="150" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">Em todos os fenômenos da natureza, tudo que pode ser
materializado também passa pela matemática, depende do quanto somos capazes de
abstrair. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">Abstraindo minha essência no dia 09/09/2013, chego a
um resultado parcial simples e direto. Um terço de minha vida compõe meu “x” na
qual em palavras talvez não seja capaz de expressar no que minha alma se
transforma a cada dia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">Em trinta anos de vida, vivo exatamente hoje o
fechamento do ciclo da terça parte ao lado dela. Dez anos, uma estrela, um pedaço,
uma soma, um perímetro de tudo que vivi fora de mim, além de mim, e ao mundo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">Se for um quociente, que seja consciente. Mas muito
mais do que parte, do que fração, um produto. Uma multiplicação. Ainda que
muitos tentem explicar as relações humanas na sua máxima complexidade, existe
uma que muito pouco conseguimos explicar e, no entanto é a que mais nos
cobramos na tentativa de fazer nosso melhor. Filhos são relações inexplicáveis,
ainda que saibamos com toda a certeza de que poderíamos ter feito mais, ou ter
feito diferente. E como na soma da vida, nem sempre 2 mais 2 são 4, temos plena
certeza de que muitos erros cometemos e muitos ainda iremos cometer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">Um terço de mim não representa apenas um tempo ao
lado dessa estrela, mas também uma história, renovações contínuas, aprendizados
cotidianos, ressignificações vitais permanentes, desafios surpreendentes, e
muito, mas muito exercício de paciência quando esta nos ameaça faltar... E
ainda assim, teremos uma sensação mais infinita que o Pi, de que poderíamos ter
feito melhor. Acredito que enquanto estivermos vivos. Até o fim. Mesmo maduros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">Um terço de mim é pura novidade. É caminhada, é
construção. É inacabamento. É o que não tem governo e nem nunca terá. É
surpresa. É pura vida que se complementa dentro e fora de mim mesma. É contradição,
é vida que não me pertence, mas me guia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial;">“És parte de mim, assim como és, parte das manhãs”,
como diria Vitor Ramil. E como diria Nando Reis, “não sei se o mundo é bom</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">,<br />
<span style="text-align: start;">mas ele está melhor</span> desde que você chegou
e perguntou: tem lugar pra mim?”<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Feliz 10 anos de vida minha estrela, Stella!</span><span style="font-family: Arial;"> <o:p></o:p></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/7DvE86GuEnY?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<span style="font-family: Arial;"><br /></span></div>
Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-15274536981951526432013-08-20T16:20:00.001-07:002013-08-20T16:26:15.835-07:00Que fenômeno é esse?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXKX55I4QQOQ2kNopPQ5EJHRkB1k4eebSuLw96iGrGJvXhd4vfIUJf5lR-G262C9A2Jhevyo2zOJWdBitMxVOclypdzjmon0K-XMz4hI-733WMDk-o6_qj5SOBzWkSuQOOWmZpS80feQ/s1600/caminho_da_vida.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXKX55I4QQOQ2kNopPQ5EJHRkB1k4eebSuLw96iGrGJvXhd4vfIUJf5lR-G262C9A2Jhevyo2zOJWdBitMxVOclypdzjmon0K-XMz4hI-733WMDk-o6_qj5SOBzWkSuQOOWmZpS80feQ/s1600/caminho_da_vida.jpg" height="258" width="320" /></a><span style="font-family: Arial;"> </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Hoje na aula e depois voltando no ônibus me peguei pensando que fenômeno é esse. O que é isso que me acontece quando
estou perto de pessoas que tenho sintonia sem ter conhecido uma vida inteira? Sem
ter laços de sangue? Sem ter décadas de história? Sem ter dúvidas? Sem receios?
Assim, simplesmente? Que fenômeno é este de sentir a presença de quem não está,
apenas recebendo um bolo de cenoura? Que fenômeno é este de sair da sala para
dar um abraço em quem esteve de passagem e vibrar poucos segundos uma energia
de como se não fizessem dois meses que não nos víamos? Que explicação tem
encontrar alguém numa fila, receber um abraço sem palavras e trocar energia sem
diálogo? Que nome se dá para a "beleza de ser um eterno aprendiz"? O reconhecimento humilde do inacabamento? Como se
explica voltar para uma sala de aula e se sentir em pleno estado de “ufa!”? Não
sei que fenômeno é este de se sentir tão acolhida. Tão compreendida. Ao mesmo
tempo, tão cheia de dúvidas, tão no direito de ser o que se pretende ser. Sem rótulo,
sem título, sem vaidade. Como podemos chamar a sensação de fazer parte mais do
que de uma turma de gente querendo estudar, querendo entender mais das coisas,
mas acima de tudo uma turma de quem se entende só no olhar. De quem compreende
nossa respiração. De respeito. De quem não separa forma de conteúdo. De quem não
separa afeto de conhecimento. De quem não fragmenta a vida da teoria, muito
menos a pele do pensamento. De quem não abre mão do desejo, do ser, do sentir. Não
arranca da ciência o amor. Muito menos da prática o carinho. Que fenômeno é
esse do tal de abraço despretensioso que nenhum de nós abre mão? Por que
passamos a vida inteira separando sentimento de trabalho? Afeto de estudo?
Carinho de conhecimento? Romantismo acadêmico em plena aula? Não. Vida real
sendo trocada, relatada, debatida, discutida, repensada, compartilhada. Humano
integral. Não deixa a alma na porta do trabalho, da escola, da universidade, e
entra. Muito pelo contrário. Entra de alma e tudo. Com sentimento. Com vigor.
Nos lugares mais sombrios. Mais estressantes. Mais cruéis. Mais formais. Mais
duros e até mais violentos. Vida... desafiadora por essência, mas, na sua
totalidade, podendo ser o que tiver que ser. Ufa! Voltei para a minha necessária
terça-feira neste mundo de realidade em eterna transformação coletiva. Mais do que já diziam os filósofos existencialistas sobre a importância do "outro", mais do que já diziam os poetas de que era "impossível ser feliz sozinho", mais do que isso... é o reconhecimento contínuo disso. <o:p></o:p></span></div>
Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-72804397110805754872013-08-17T08:54:00.004-07:002013-08-17T08:54:52.401-07:00Rap Bãrtdei, my brother!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmD4I6zua1F6wUeg7w1AB1vWWUkBWBYRNzFKH-M-VqfnqxBCLK9_FSL7sM9_ahaHYNAlXcc3UMrghLlFtXmfF-H3mO5DKJgQo9GsXtRsDezxD22o5W64DI60mVGmSuHd8x3FRKasnhXw/s1600/fifi+amon.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmD4I6zua1F6wUeg7w1AB1vWWUkBWBYRNzFKH-M-VqfnqxBCLK9_FSL7sM9_ahaHYNAlXcc3UMrghLlFtXmfF-H3mO5DKJgQo9GsXtRsDezxD22o5W64DI60mVGmSuHd8x3FRKasnhXw/s1600/fifi+amon.jpg" height="181" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Me disse que quando eu cheguei no mundo ele já estava. Que já pode viver uns anos sem mim, e que eu nunca na vida havia vivido sem ele (tortura bem fundamentada)! Vai ser sempre assim, o dono do pedaço, do campinho, o primeiro filho, o prim</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">eiro neto, não tem o que fazer, cheguei depois. Hoje completa 35 anos de vida e quase 31 de convivência com "aquela que veio ao mundo para dar graça" nas suas manhãs vendo Xou da Xuxa, He-man, She-ra, Porta dos Desesperados do Sérgio Malandro... Com quem ele fazia testes de lutas marciais, cabanas, corrida de tampinha, partidas de vídeo-game, ih. Depois me obrigou a gostar de Cavaleiros do Zodíaco. Eu tive que gostar daquilo, tchê, que desenho bem chato!!!!!! Era um tempo em que o poder se concentrava na mão de quem possuía o controle remoto. Não tinha essa de ter TV só para si no quarto. Aliás, não tinha controle remoto. Mas com ele eu também acordava de madrugada e dormia na sala para ver o Airton Senna domingo de manhã bem cedinho. Além disso ele me instigou o instinto de sobrevivência. Comia igual o Taz tudo que tinha de porcarias e besteiras dele e vinha comer as minhas depois. Páscoa, era fatal. Tive que aprender a esconder, guardar, poupar. Também dava briga para ler os gibis da Mônica. A briga era de quem lia primeiro. Coisas muito nobres... que atormentavam a paz do lar! ehhehehehe. Eu tenho um puta orgulho de ter passado a infância copiando tudo que ele gostava, porque do contrário estaria fadada a ser gremista como meu pai, ou quem sabe seria filiada no DEM, porque meu pai votou no Maluf... e ainda me levou para votar junto com ele (cheguei em casa e fui correndo dedar para a mãe), ou ao invés de gostar de música legal talvez escutasse umas "pereba braba". Ele ligava o som no quarto dele tão alto, tão alto, tão alto, que a vizinhança inteira aprendeu a gostar de música "alternativa". Nossas primeiras mesadas. Gastei influenciada por ele também. Com cd, logo que pudemos acessar o cd. Era um absurdo de caro. Porque a gente passou a infância inteira ouvindo fitinha kassete e vinil. Meu primeiro cd resolvi tentar ter um ataque de personalidade e escolher alguém da minha cabeça, sem a influência dele. Escolhi o cd do PATO BANTON! AHAHHAHAHAAHH Ele ri da minha cara até hoje. Mas eu tinha um motivo, é porque tocava no mingau... tá? Ainda do mundo das influências... foi ele quem me obrigou a ler um livro. Na faculdade, quando ele despertou para a política, se apaixonou de uma forma e queria que o mundo soubesse do que ele estava descobrindo. Lá fui eu. Me fez ler o Manifesto Comunista. Me fez ler também a Pedagogia da Autonomia! Olha isso, eu era quase uma adolescente, lendo Paulo Freire, jamais imaginando que uma década depois seria o foco da minha vida, seria a base do meu estudo, seria minha vida, minha prática, o doutorado, a escola, enfim. Alguém me disse esses dias que o irmão ou a irmã, são nossos primeiros amigos de verdade. Porque é com eles que a gente divide coisas que não são aproveitadas com os adultos. Passei a vida toda explicando para todo mundo que perguntava, que éramos irmãos só por parte de mãe. Olhavam para um, olhavam para outro... e as peças não se encaixavam. Eu amarela e ele pretão. E eu sempre adorei ser tão diferente, mas ao mesmo tempo tão igual. E não é que anos depois a gente fez um xerox da vida? Estão aí, nossas fotocópias! Feliz Aniversário, <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100000219936014&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/amoncosta?directed_target_id=0" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Amon da Costa</a> TE AMO!!!!</span>Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-51730963459289542562013-07-29T15:57:00.000-07:002013-07-29T16:18:41.910-07:00ContemplaçãoVivendo momentos de contemplação e simplicidade.<br />
Muito pensamento voltado na beleza da família que tenho.<br />
<div>
Trocando o barulho pelo silêncio.</div>
Um sol de inverno.<br />
Uma lua de julho.<br />
Um campo bem verdinho.<br />
Raros sons de mar.<br />
Uma música antiga.<br />
O chimarrão.<br />
Observação.<br />
Os amigos.<br />
Um poema.<br />
A poesia.<br />
O erótico.<br />
O sorriso.<br />
Uma paz.<br />
<br />
__________________________<br />
<br />
Para a minha estrela, Stella, estrela...<br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">"Não sei se o mundo é bom</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">Mas ele está melhor</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">Desde que você chegou</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">E perguntou:</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">Tem lugar pra mim?" (Nando Reis) </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/yhxD6jSsVrM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;"><br /></span>Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-70651829987490720002013-05-29T16:53:00.000-07:002013-08-02T10:19:04.525-07:00Uma carta para a geração seguinte a da minha filha <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAnjen3vycSCxpTwcMsSaLc4zhnkQZ_Uux8IRAr1CTICaGEHlYCPMG5FFmYEWOFcATCJpjEXwEufme_256VMCGc7z52PCcRoaOjFUHUoYE6DhNqNgq4e1jFxX3yE-1Oz41IOl8yagfmg/s1600/11922_10151553465947552_1017280971_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAnjen3vycSCxpTwcMsSaLc4zhnkQZ_Uux8IRAr1CTICaGEHlYCPMG5FFmYEWOFcATCJpjEXwEufme_256VMCGc7z52PCcRoaOjFUHUoYE6DhNqNgq4e1jFxX3yE-1Oz41IOl8yagfmg/s1600/11922_10151553465947552_1017280971_n.jpg" height="320" width="320" /></a><span style="font-family: Arial;">Pode
ser para uma(um) neta(o), caso minha filha decida ter. Pode ser para outra
criança/jovem que não seja nada minha. Pode ser para quem quiser ler. Mas esta
carta vem do passado. Vem de 2013. Alguém que nasceu em 1982. Viveu as
lembranças dos anos 90. E dos anos 10. E foram nestes historicamente poucos 20
anos de memória, que vi muita coisa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Neste
passado que é meu presente, queria contar algumas coisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">O
intuito deste exercício é um só: pedir a vocês que não naturalizem nada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Nem
tudo é natural. Estranhem tudo. Questionem tudo. Queiram saber de onde saiu. Queiram
saber por que é assim. Remontem as histórias das coisas para entender o mundo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">A
própria natureza chegou um dia a ser natural. Mas em 2013 já posso afirmar que
até a natureza já não é mais natural. Comemos frutos que já foram tão
modificados que já não sabemos como ele seria sem químicos agregados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">A
água, também chegou a ser natural. Já não é mais. Toda água potável que sai da
torneira já é uma mutação de nosso próprio descarte. Seja do que vem do esgoto,
seja do que vem do lixo. Se nem todo rio assim está, assim ficará.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Na
natureza e na vida social. Estranhem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Estranhem
a intolerância doméstica. Estranhem que as pessoas estejam cada vez mais longe
umas das outras. E, no entanto, pela internet são as pessoas que mais se amam
no mundo. Estranhem a ausência do afeto. Estranhem que as pessoas pouco se
tocam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Não
naturalizem que as relações mecânicas sejam comuns. Não pensem que é normal um
ser humano ser substituído por uma máquina. Estranhem. Um caixa eletrônico, no
meu tempo, tirou emprego de muitos seres humanos. Estranhem que no tempo de vocês
uma máquina cheia de recursos substituirá a minha profissão. Estranhem que
aprendam por máquinas. Entendam porque muitos discursam em favor das máquinas
pois são mais potentes que um ser humano. Claro! Estranhem o fato de sermos
ensinados que os seres humanos não podem errar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">As
pessoas erram. Isso é natural. O natural não é a intolerância ao que erra. Estranhem
o tudo que for repetição do meu tempo. Nas relações humanas, estranhem hábitos
e costumes que passam de pais para filhos e no entanto desde já não andam
funcionando. Não naturalizem o que é novo, e nem o que é velho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Estranhem
como funciona o sistema monetário. Descubram o que acontece quando cifras
passam de uma multinacional para outra. Ou quando duas se juntam. Estranhem se
até lá só existir uma única loja no mundo, que venda desde sapato, passando por
cenouras até carros. Estranhem poucos que são donos de tudo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Não
naturalizem que o sistema capitalista destrua a natureza e nada podemos fazer. Percebam
que nascemos bebês, a única coisa que sabíamos fazer sem que nos ensinássemos,
era chorar e mamar. O resto, nós aprendemos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">E
tudo que aprendemos, podemos aprender diferente. Podemos estranhar, podemos
passar a não achar natural. Podemos perceber que o mundo é gerido por gente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Estranhem
quando ensinarem a vocês a não confiarem nas pessoas. A não gostar de gente. Não
é natural. Nunca foi. É artificial. Estranhem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Índios
cuidavam de todas as crianças não importava se fossem seus filhos ou não. Em
2013 ainda existem. Alguns poucos tentam manter algo da sua cultura. A grande
maioria precisa vender produtos feitos na China para sobreviver e alimentar-se.
Estranhem! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Não
naturalizem que o ser humano é um ser egoísta. Ele se torna. Se a grande
maioria o ensinar a ser assim. Não pensem que nos mais de 20 anos que tenho de
memória de vida, foi sempre assim, todo mundo aprendendo a detestar todo mundo.
Cheguei a pegar um tempo que a coisa não era tão feia. Mas está ficando pior. Cada
vez pior. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Estranhem
a competição. Tem espaço para todo mundo. Mais importante que isso, o mundo
produz comida para todo o mundo! Estranhem que algumas pessoas seguirão
passando fome no mundo porque precisam estranhar um modo de vida de que quem não
tem dinheiro não come. Até lá, não sei se usarão dinheiro, ou apenas uma tarjeta
que possui dinheiro imaginário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Estranhem
o dinheiro imaginário. Afastem-se dele para analisá-lo. De onde sai. Eu sei que
precisarão comer, e usar o plástico mágico. Mas não o naturalizem. Porque
enquanto naturalizarem de tal forma consentida, quem estuda para manter tudo
como está ou para deixar tudo pior, estará aperfeiçoando novas formas de ganhar
mais dinheiro ainda em cima do dinheiro de vocês.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Questionem
tudo. Questionem a vida. Questionem a Guerra. A indústria de armas. A indústria
da Guerra. Porque certamente, eu estou em 2013 e até a gerações de vocês,
muitos lugares estarão <st1:personname productid="em disputa. Sabe" w:st="on">em
disputa. Sabe</st1:personname> quem ganha no vídeo-game? Quem tem mais arma,
mais munição. Um dia, em sala de aula, em 2013, eu disse que aqui no Brasil
ainda não estávamos vivendo o que vive a faixa de Gaza, porque o petróleo ainda
manda na economia. Mas não faltam muitas gerações para a riqueza migrar para a água
potável. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Onde
tem maior concentração de água potável no mundo? Em 2013, não imaginamos um
ambiente de guerra declarada. Mas estranhem! Muitas Guerras acontecem sem as
pessoas saberem. Não vivi isso, mas na Ditadura Militar no Brasil, teve quem
nem soubesse do que estava acontecendo! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Estranhem
a TV. A TV aberta, a TV fechada. Estranhem a forma como as novelas induzem as
famílias a se comportarem. Ao comportamento das mulheres. Das crianças. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Na
cultura, cuidado! Não naturalizem o que o rádio impor a ouvir. Se aparecer um
estilo musical novo, não desqualifiquem, entendam de onde veio e o que
significa. E se criarem coisas novas, não se abatam com o conservadorismo de
gente que terá minha idade. Porque a guitarra foi um instrumento elétrico que
mais chocou o mundo, mais irritou a camada conservadora da sociedade, quando na
realidade foi a abertura de grandes processos de gente que não se contentava
com imposições. Com consentimentos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Não
é natural que muitas pessoas tenham propriedades privadas incontáveis. Perguntem
de onde saiu tudo isso. Terras, quantos hectares de terra um único CPF é capaz
de ter? Não é, não foi e nunca será natural. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Respeitem
as pessoas. Questionem com solidariedade. Nem todo questionamento precisa ser
truculento. Escutem as pessoas. Pergunte a história delas. Pode ser o parente
mais próximo. Suas histórias de vida ressignificarão também a de um núcleo
familiar inteiro. Entendam seus comportamentos. Porque o ser humano é o único
animal capaz de retomar sua história. Nas aldeias indígenas, os mais velhos
eram os mais respeitados. Porque carregavam a aldeia de história. Em 2013,
maltratamos velhinhos. Marginalizamos sabedoria. Ignoramos a história. Assim a
matamos. E deixamos que os outros construam nosso futuro ao não enxergarmos
nossa história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Questionem
suas certezas. Eu vivo questionando as minhas. Porque muitas vezes pensamos ter
certeza das coisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Este
termo “desnaturalização”, foi muito utilizado por uma amiga chamada Elen
Tavares. Eu espero que ela fique velhinha junto comigo e possamos reescrever
muita história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Sinto
a necessidade constante de “desnaturalizar” as coisas, as relações, as ações,
tudo. Porque enquanto tem coisas em 2013 que são lindas, tem outras que não são.
Das coisas lindas, contemplamos, dividimos, solidarizamos, afagamos, abraçamos,
partilhamos, sorrimos! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Em
2013 ainda temos flores coloridas para contemplar! Ainda existem pássaros que não
apenas pombos nos locais mais poluídos das cidades. Temos árvores. Nos lugares
onde o capital não devastou, temos árvores! Não sei quantas teremos na geração
de vocês. Mas onde houver alguma, sentem embaixo dela. </span><span style="font-family: Arial;"> </span><span style="font-family: Arial;">Lua iluminando um gigantesco mar! </span><span style="font-family: Arial;">Sintam o cheiro da
terra. O cheiro de uma flor. A cor de uma flor. O poder do sorriso. Flores te
fazem sorrir. Seja menino, seja menina. Não naturalizem que só meninas podem
ter o prazer de ver a cor de uma flor. Uma borboleta colorida te faz prestar
atenção em seu voo. Espero que conheçam as tantas borboletas que têm no Brasil.
Será que ainda existirão joaninhas? Elas são fantásticas! Um inseto pequeno que
dá alegria. Acreditem. Encontrei uma certa vez, na praia. Um lugar que jamais
imaginaria encontrar uma joaninha. E ela me fez sorrir. Devolvi ela para o meio
do mato, pois achei que morreria na areia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Não tenham medo. Chamarão por uma eternidade, as pessoas curiosas da vida, questionadoras, de chatas. Abstraiam... pois os chatos também sabem sentir satisfação, amor, prazer. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Entre
o que houver de novo, e o que conhecerem de velho, desnaturalizem e conheçam
melhor. Porque não sei que tipo de carta poderão escrever aos netos de seus
netos. Mas que as palavras sigam sendo para sempre, sobretudo, endereçadas a
seres humanos capazes de se colocarem no lugar dos outros enquanto a ordem
mundial seguir chamando-se de “Dona Injustiça”. No tempo que for.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-45537022500947036872013-05-12T07:12:00.000-07:002013-05-12T07:16:11.449-07:00Domingo das mães trabalhadoras deste Brasil<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd66TlKBpfaMBMhP7pewIFBn9z2o34s_yHsJUjoI6hOFJMJAyx2W7GLzLKO989AT36E3DBE0inky25Gq2nm-S6N2TdQFrxuWv-fK6SzopvZFyxr_kiltXBSLLY3n-88OUc17wjeuW0Rg/s1600/flores.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd66TlKBpfaMBMhP7pewIFBn9z2o34s_yHsJUjoI6hOFJMJAyx2W7GLzLKO989AT36E3DBE0inky25Gq2nm-S6N2TdQFrxuWv-fK6SzopvZFyxr_kiltXBSLLY3n-88OUc17wjeuW0Rg/s1600/flores.jpg" height="149" width="200" /></a>Tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo... e eu aqui, tentando descobrir se a Madrugada Pura Folha me traz alguma inspiração.<br />
<br />
Texto, prova, trabalho, louça para lavar, relações para zelar, outras para cuidar, outras para amenizar, outras para enlouquecer, enfim.<br />
<br />
Hoje é dia das mães. A criança suplica que saiamos de casa. Opção 1= shopping. Minha reação: "tá doida"?????????????????????????<br />
<br />
Enfim... QUE DROGAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA<br />
<br />
Mas que bom. Porque ter acordado com um "tapete de 'te amos' mamãe" paga todo o preço de passar mais um domingo trabalhando sem parar.<br />
<br />
Aliás, foram tantos bilhetes, tantos recados, tanto amor cuidadoso, implícito, tanta declaração, palavras tão puras e tão sábias... me senti a rainha do Egito.<br />
<br />
Enquanto isso, escrevo este recado ouvindo Maria Bethania da minha mãe... que lindamente meteu-se na cozinha para fazer a comida que eu e o meu irmão mais gostamos... O clima hoje será de trabalho, mas de paz. Reestabelecendo a paz. Porque a semana desequilibra qualquer um.<br />
<br />
Que paz me traz o canto da minha mãe. Aqui tem tudo. "Não há o que não haja". Tem natureza, tem café, tem flor para todo lado, tem musiquinha boa, tem tapete macio, tem iogurte, tem brisa, tem edredom macio, tem gaveta de "porcarias", como diz a Stella. E aqui tem, principalmente, a minha mãe.<br />
<br />
<br />Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-27657564264069126462013-05-08T18:52:00.001-07:002013-05-08T18:55:28.789-07:00As pessoas correm para onde?Gente do céu... eu não sei se é a desumanização do mundo ou se o mundo está se humanizando com outros valores. Andar na rua em Gravataí é um exercício constante de teste da sua autocapacidade de entender que nem sempre as pessoas desconhecidas deixam de ser pessoas de qualquer modo. Quanta falta de gentileza, quanta gente com a cara de quem vai te bater, quanta gente braba brigando por razões tão importantes quando o descobrimento da desintegração nuclear da bomba atômica!<br />
<br />
Banrisul, 06 de maio... a fila do caixa prioritário mudou de lugar. NOOOOOOOOOOOOOSSSSSSSSSSSAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA QUE HORRORRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR<br />
<br />
Pessoas gritando alto reclamando de alguma coisa nem sei bem o quê porque a fila mudou de lugar. E não eram os prioritários, eram os da fila dos "não-prioritários" mesmo.<br />
<br />
Trânsito. Não demore mais de uma fração de milésimo de segundo com sinal aberto, tem um carro atrás que fará um teste com sua buzina pra ver se tá funcionando.<br />
OU PIOR, o trânsito todo parou... e ninguém sabe o motivo. Poderia ter caído lá na frente um aerolito portando uma foca voadora, que mesmo assim virão carros atrás buzinando para aquilo que nem enxergam. Estou convencida, o carro imbeciliza o humano.<br />
<br />
Ajuda a não carregar peso, caminhar, a chegar mais cedo, mas sinceramente,... imbeciliza... igual o face. Ajuda a falar com os amigos a saber notícias instantâneas, mas ao mesmo tempo imbeciliza...<br />
<br />
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/nk5DfV-kc6U?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe>Enfim, só sei que nada vezes nada sei.Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-45852669565353979872013-05-05T15:46:00.002-07:002013-05-05T17:02:34.089-07:00Ser humano, a dor não tem cultura, nem cor, nem religiãoOlha, em geral eu fico indignada com a quantidade de compartilhamento de imagem cheia de sangue e tragédias mil no face. Só que tem uma diferença entre o morbidismo exagerado de algumas pessoas que compartilham isso, e a necessidade talvez material de que a humanidade veja o que está acontecendo a cada respirada que damos. Puxa vida, preciso concluir uma aula sobre Guerra Fria para amanhã e aqui estou eu, aos prantos. Porque não tem como não chorar de raiva, de impotência, de nãoseiquesentimentoexpressar, ao ver imagens de pessoas (SIM, PESSOAS! E NÃO NÚMEROS!) sendo mortas por uma ideologia PODRE que nos damos ao trabalho de copiar mundo afora, defender com unhas e dentes sem desafiar o fluxo perfeito.<br />
Que diferença há entre este pai e filho palestino e o pai e filho europeu? Norte-americano? Que diferença de sentimento pode haver entre doer mais em uns do que em outros? A dor da morte está em qualquer cultura, em qualquer religião, em qualquer território, em qualquer espaço!!!!<br />
<br />
Estou aos prantos, a quem se importa!!!!<br />
E muito mais me irrito com discursos neonazistas disfarçados de "caçadores de liberdade de expressão" de alguns de meus amigos do facebook e da vida real também!!!! Precisa narrar o que acabou de acontecer nessa sequência de fotos na loucura dos soldados perante o povo palestino? Ele tenta desviar. Mas não consegue. O que faz esta criança agora? Liga para o 0800 da ONU?<br />
<br />
Se você treme de indignação a qualquer injustiça em qualquer lugar do mundo, então somos companheiros! (Sem créditos, é de propriedade internacional e irrestritamente de direito a quem se importa)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFH5q_D_8eCBWk_nm0RIDLK3YS0LkjDb_uwQxmYZk1KpS-hySxCWh5QXSzVEoBPOq6JQYytepuAvMaMBegn9h0Qdk_ocHRb3z3TaSq-eHuN0pV4VD8-2rOhNCY0MhP0PaQwNlnFo-2pw/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFH5q_D_8eCBWk_nm0RIDLK3YS0LkjDb_uwQxmYZk1KpS-hySxCWh5QXSzVEoBPOq6JQYytepuAvMaMBegn9h0Qdk_ocHRb3z3TaSq-eHuN0pV4VD8-2rOhNCY0MhP0PaQwNlnFo-2pw/s1600/1.jpg" height="192" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt2uvQSAdh84jnuuFm0wsoDMSfJKpLWaqh9z85CyK14Bf2PzRHra8mlSQXdJAuP8d5ySLPFTnz8WsnZY-_tJAI0SeREhMwHJxuQKrNAYsixJsSEWqAR44PmRrM21NltYv1SSvC7Sjp_A/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt2uvQSAdh84jnuuFm0wsoDMSfJKpLWaqh9z85CyK14Bf2PzRHra8mlSQXdJAuP8d5ySLPFTnz8WsnZY-_tJAI0SeREhMwHJxuQKrNAYsixJsSEWqAR44PmRrM21NltYv1SSvC7Sjp_A/s1600/2.jpg" height="192" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4VnzEG2Jgw0u8cCJb3cV3kgHUxOYbmCHABaxCJwUvgY0uhV05yGIg6fdbf0f_vKqDsonExCJGww2t90f3x4hSjrDImrun25lo6Q8gFgr1N3tBnLPZa501ExHXncKA6rVDVc-OBYxjAg/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4VnzEG2Jgw0u8cCJb3cV3kgHUxOYbmCHABaxCJwUvgY0uhV05yGIg6fdbf0f_vKqDsonExCJGww2t90f3x4hSjrDImrun25lo6Q8gFgr1N3tBnLPZa501ExHXncKA6rVDVc-OBYxjAg/s1600/3.jpg" height="192" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYIOP3zmrq9hmIjgzEqAXyd-GKJ3eCPDq4azxysa2zsJd6YzQcZ2eIdURaeG2ZWe6k2gN7enrtG65QfMgYUX8qbF1Bv1t8JFqzuLspZvRQ1S6onwWvSTDJ6ALBFNMlqFJLMTOh5Mop7g/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYIOP3zmrq9hmIjgzEqAXyd-GKJ3eCPDq4azxysa2zsJd6YzQcZ2eIdURaeG2ZWe6k2gN7enrtG65QfMgYUX8qbF1Bv1t8JFqzuLspZvRQ1S6onwWvSTDJ6ALBFNMlqFJLMTOh5Mop7g/s1600/5.jpg" height="192" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table cellspacing="5" class="toccolours" style="background-color: #c6dbf7; border: 1px solid rgb(170, 170, 170); color: black; font-family: sans-serif; font-size: 11px; line-height: 19.1875px; margin-left: 1em; margin-right: 2em; max-width: 40%; padding: 5px; width: 30em;"><tbody>
<tr><td>"Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele, da sua origem ou da sua religião. Para odiar, é preciso aprender. E, se podem aprender a odiar, as pessoas também podem aprender a amar."</td></tr>
<tr><td><i>Mandela</i></td></tr>
</tbody></table>
<br />Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-3386893247334385742013-05-05T05:49:00.000-07:002013-05-05T05:49:32.487-07:00A disciplina do desejo<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">Domingo, solão, dia lindo. Eu acordada desde tão cedo, e já na ativa, já no mate. E por dentro um sentimento incrível de "preciso terminar de corrigir esse monte de coisa duma vez, clausura tem limite!" Por outro lado, um balãozinho dizia: "não sei o que pode haver de masoquismo nisso, mas eu sinceramente adoro esta função de passar tanta clausura pensando aula, corrigindo coisas. Botando elas em dia. Será que isso passa ou é coisa de principiante?"</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQPpdj0DC7y3M5bBrqxQcZU0ZZ9X1r925rGGhJ7PgMrhZmQjPcT5QYwBxpzl9c93d-TEba_WJpA-HL1pN-NxPaiRewGkwIDAjn1gyznoXxrUKlnQOOfAZ72La3ACFG1rmOu7MHck1ngw/s1600/bruna+lomb.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQPpdj0DC7y3M5bBrqxQcZU0ZZ9X1r925rGGhJ7PgMrhZmQjPcT5QYwBxpzl9c93d-TEba_WJpA-HL1pN-NxPaiRewGkwIDAjn1gyznoXxrUKlnQOOfAZ72La3ACFG1rmOu7MHck1ngw/s1600/bruna+lomb.jpg" height="224" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">Enquanto isso, na Sala da Justiça, fui buscar um livro para montar meu "canto da prô da flor amarela", e encontrei um livro de poesias. Putz. Dado momento da vida (já bem tarde), descobri que a atriz que eu pensava ser global e por si só já tacharia de mil coisas, nada mais é do que uma das mais antigas e belas mulheres que ousaram escrever eroticamente, ousaram desafiar o machismo, ousaram usar palavras proibidas, ousaram dizer que mulheres sentem tesão, desejo, loucuras. Descubro que sua inspiração era Manuel Bandeira, Maiakovski, Neruda Drummond, García Lorca. </span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">A preconceituosa podre, era eu, que não sabia de nada disso. E lê-la, me fez perceber que ela tem sensações muito parecidas com as minhas. Serão sensações de mulheres? Ou será que apenas algumas se identificam? Não sei. Só sei que ela falou por mim pelo menos em boa parte das suas páginas. Desde desejos, até imaginações, amor, paixão, atração, tesão, outras "mundanices" que toda mulher sente e não fala, enfim, muitas coisas misturadas. O livro era de um sebo. Velho. E de repente, o descubro novo para mim.</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">Ousada, livre, aberta, erótica, inteligente, de uma sensualidade pura e não estereotipada, eis a Bruna no meu Blog com tudo que ela tiver direito.</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></span>
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">Tinham tantas que eu queria copiar aqui.</span></span><br />
<br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">"Caso</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></span>
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">Pode ser mais um capricho</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">pode ser uma paixão</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">pode ser coisa de bicho</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">pode não</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></span>
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">pode ser já por destino </span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">pelos astros, pelos signos,</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">por uma marca, uma estrela</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">talvez já tivesse escrito</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">na palma da minha mão</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></span>
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">talvez não</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></span>
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">talvez até nem fique</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">nem signifique nada</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">nem me arranhe o coração</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">pode ser só uma cisma</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">pode estar só de passagem</span></span><br />
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></span>
<span style="color: #555555; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 24px;">ou não."</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">___________________________________</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">"A disciplina do desejo</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">não, não se doma o mar</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">como não se doma a vida</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">como não se domam os efeitos</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">dos raios gama sobre a superfície</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">acetinada do teu beijo.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">Estamos sujeitos às marés</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">aos ventos, ao tempo, temperaturas</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">é inútil tentar</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">a disciplina do desejo.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">Tentei domar meu sentimento</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">a inconstância do meu temperamento</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">volúvel como são as lágrimas</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">mas não sou tão vulnerável</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">às vazantes, desígnios, latitudes</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">aos ciclos e à força do mistério</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">tentei domar, disciplinar</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">não consegui</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">cedi na primeira noite enluarada</span><br />
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">no fundo do quintal, atrás da caixa d´água."</span>Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-41426376255663907922013-05-04T20:05:00.001-07:002013-05-04T20:05:03.821-07:00Eclipse Oculto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/QLEXFYvHp1Y?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
Para variar, aprendendo. Altos momentos dialógicos com a minha mãe e a síntese descoberta foi essa. Nada como ter uma mãe que lembra de coisas que viu mil anos atrás. E não esqueceu.<br />
<br />
Eclipse Oculto do Caetano Veloso. Me contou que ele escreveu essa música quase como uma "resposta" ao "bum" do "Você não soube me amar" da Blitz. Respondendo que "nosso amor não deu certo, gargalhadas e lágrimas [...] desperdiçamos os blues do Djavan. [...] não me queixo, eu não soube te amar, mas não deixo de querer conquistar uma coisa qualquer em você... o que será?"<br />
<br />
Interessante. "Você não soube me amar" atribui culpa de fora para dentro. Pelo menos o Caetano admite que "eu não soube te amar... mas não deixo de querer conquistar uma coisa qualquer em você".<br />
<br />
Enfim. "Quero que tudo saia como som de Tim Maia, sem grilos de mim, sem desespero, sem tédio, sem fim."<br />
<br />
<br />Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8726917590526614669.post-17591208423513970832013-05-03T20:44:00.002-07:002013-05-03T21:09:49.692-07:00Sangrando<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/5Iz7HkbLXqM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
De chorar. Pegar bem fundo, bem dentro. Com força. Mil metáforas. Que pérola.<br />
<br />
"Palavra por palavra eis aqui uma pessoa se entregando.<br />
Coração na boca, peito aberto, vou sangrando.<br />
São as lutas dessa nossa vida que eu estou cantando..."<br />
<br />
<br />Fifihttp://www.blogger.com/profile/02799849007843936613noreply@blogger.com0