segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Altos papos...


Eu deveria ter mais paciência com alguns assuntos...

Mas eu não tenhooooooooooooooooo!!!!!

Se alguém quiser me excluir de uma roda de conversas, por favor, comece a falar em roupas, bijouterias, na sandália que a fulaninha comprou e na sandália que a prima da fulaninha queria comprar, ou no corte de cabelo da amiga da fulana, que é o último grito da moda, ou então na cor do esmalte da Godofredaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!

Ai que sacooooooooo!!!

Daí a pessoa se desloca pra roda dos meninos... (pq é assim, a roda dos meninos e das meninas)

A pessoa não aguentou os papos da roda das meninas... e tentou se sociabilizar na roda dos meninos...

E???

E fica ouvindo que o técnico do Inter não deveria ter escalado o João do Caminhão...

Tá, eu sei que generalizar é feio... mas a grande maioria das vezes é isso que acontece...

Não que eu não goste de futebol ou não goste de colocar uma roupa que me sinta bem e tal...

Não que eu nunca fale nisso ou nunca assista novela, mas...

É que puxa vida... que saco!!!

Procura-se uma roda para gente estranha como eu...

Quem dera se a galera quando se reunisse, ou falasse muita merda ou falasse coisas importantes para o mundo... porque futilidade me irrita...

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Novamente ela... a hipocrisia...


Organizando o caos mental...

Que coisa não.
Sim, que coisa, sim...

Eu acho que vou escrever uma novela... mas com personagens fictícios, sem nenhuma relação com a realidade – será que existe isso? Claro que não!! Eu queria produzir um documentário. Mas sabe, tem tanta coisa que nem sei como começaria. Já pensei mil vezes em fazer um. Poderia se chamar: “hipocrisia”.

Acho que a palavra que mais abomino chama-se hipocrisia. Por trás da hipocrisia existem tantas mazelas... tanto disfarce, tanta história pra boi dormir, tantas repressões, tantos simbolismos e significados de sentimentos ocultos ou então tanta moral de cueca... tanta mas tanta...

Olha o que o wikipedia disse (apesar de eu não confiar muito nele...)
A hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou, mais tarde, a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos.


A hipocrisia social me enoja mais ainda, pois a coisa vai se massificando e o discurso comum acaba por ser uma falácia da porta pra rua. O discurso comum não traz o discurso para dentro de casa, nem tampouco ultrapassa as portas do quarto até a sala... a hipocrisia consome pessoas vivas, pois ela é um ser morador do interior da cabeça de cada um.

É difícil lutar contra ela, contra si próprio, mas ao menos dá pra ser humilde de vez em quando e tentar não deixar a hipocrisia contaminar demais o discurso. Agora, tem gente, que não só não controla o discurso como ainda infla o discurso hipócrita dos outros.

O que eu chamo de hipocrisia hoje, não sei como chamarei quando deixar de ser jovem. Pois às vezes quando a pessoa amadurece, vai vendo que alguns conceitos eram radicais demais, e começa a revê-los. Eu espero cada vez ser alguém melhor, mas tenho minhas dúvidas sobre minha tolerância com a hipocrisia que contamina relações, mata gente, difama inocentes e de presente traz miséria moral e material aos seres da Terra.

Cabe dentro da hipocrisia, tanta coisa, que poderia ser o lixo da Terra.

Nesse momento da minha vida, ainda acredito que o ser humano tem ímpetos de coletividade acima dos de individualidade.

Não sei se pensarei assim sempre. Essa visão, é, acima de tudo, uma visão otimista de esperança. Será que eu vou pensar sempre assim? Óbvio que o pensamento se transforma ao longo do tempo, mas sobre esse tema, tenho minhas dúvidas.

E como militância política ainda é um tema romântico pra mim, tem muita água pra rolar embaixo desse rio até que possa afirmar “esqueçam o que eu escrevi”...

E quanto a isso, espero nunca chegar a esse ponto da decadência ideológica.

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Palavras apenas...


Se as palavras escritas em um texto tivessem um poder de demonstrar sentimentos, hoje elas sairiam com um visual cinza e cheias de envergaduras para baixo, como se estivessem se derretendo, se decompondo. Assim sairia um texto meu, ainda que falasse de política, de futebol ou de religião.


Pois nem tudo que se fala, é. Por trás da palavra amor, pode não estar escrito amor. E por trás da raiva, pode estar algum amor.

E como descobrir?

Na dúvida, é bom ler o que está escrito. Ao menos até que se tenha o poder de desvendar uma palavra.

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domingo, 17 de janeiro de 2010

Mais do mesmo ... do mesmo discurso...


Estava vendo há pouco um documentário sobre a Bolívia, e óh... "BAH"! Como diz o Kraunus, maestro do Tangos e Tragédias... isso aqui não é a Sbórnia mas BAH!

Tem coisas que ao longo da vida vão se modificando, outras se transformando, outras a gente mantém como era do princípio, e assim os processos de descoberta e de contradição vão se dando...

Mas tem uma coisa que quanto mais o tempo passa, mais se consolida. É a ditacuja LUTA DE CLASSES. Puxa vida, que coisa mais "tão tão" parecida em qualquer lugar que se vá. Especialmente aqui na América Latina, que coisa forte é o discurso da classe dominante e o discurso da classe historicamente oprimida. E que coisa mais deprimente que é a classe oprimida que internaliza o discurso dominante e se acha o verdadeiro burguês...

Não precisa fazer profundas análises, vou me pegar em apenas um aspecto: o documentário mostrou o discurso de pessoas contra Evo e a favor de Evo. Poderia entrar em mil comparações, mas a estética foi a mais gritante. Os a favor entrevistados eram índios e os a contra eram bolivianos brancos. Óbvio que esta comparação aos poucos vai se espraiando na miscigenação ao longo da história, mas por hora, foi simbólico demais. Teve até um cara que disse que esse negócio de ficar puxando na história o sofrimento que os povos pré-colombianos tiveram com os espanhóis, era coisa do passado. Tava na hora de todos se juntarem, pois espanhóis e índios, são todos iguais... ehehehe... todos iguais uma baita duma ova, tava lá ele, discursando contra o Evo e ignorando a história do país. Nessas horas "somos todos iguais"... boa essa.

O mesmo vivi na Venezuela. O povo nas ruas num pronunciamento público de Chavez a favor do Sí pela reforma constitucional eram misturados, eram negros, eram índios, eram brancos, eram tudo. A meia dúzia de gato pingado nas estações do metrô com cartazes pelo No e escritos comparando Chavez à um grande ditador que reprime a "liberdade de imprensa", eram meninas loiras de chapinha e meninos universitários bem vestidos.

Não se trata aqui de fazer generalizações infantis nem tampouco por estereótipos, mas existe um simbolismo por trás de tudo isso.

Espero ainda estar viva para ver uma misturança tal, que na entrevista entre contra e a favor os projetos socialistas, não fique assim tão evidente pelo visual, do que estamos falando quando relacionamos luta de classes historicamente construídas e tão fortemente consolidadas.

O triste é que tem uma galera que é da classe trabalhadora e discursa a favor do capital.

Tá cheio de gente ralada nesse mundão dando inchaço no discurso capitalista.

Só aqui no meu bairro, nem se fala... um monte de gente que se rala trabalhando, é explorado, usado, abusado, e ainda assim defende seu algoz...

Mas não digo isso com pessimismo, pelo contrário, só mostra que temos inesgotáveis lutas e diálogos para travar.

Para encerrar, digo que o documentário me emocionou por ver um número cada vez maior de gente do lado "oprimido" da força... isso dá injeção de ânimo.

E por outro lado, me convenço cada vez mais, e posso estar redondamente enganada, mas me convenço cada vez mais que não se deve perder tempo travando debates com quem incorpora o discurso da direita com unhas e dentes, e é explorado até não poder mais. Essa classe média que acha que é burguês, e forma opiniões por aí afora, só atrapalha a luta e não enxerga que é só mais uma peça da engrenagem.

O poder que vai emergir de verdade, vem do povo, e não do povo que não se considera povo...

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