quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Questão de totalidade

As conversas cotidianas com quem se preocupa com a totalidade da vida sempre produzem efeitos. E esses efeitos não ficam parados, vão se alastrando rumo a buscas cada vez mais complexas... e muitas vezes as buscas mais complexas se transformam na capacidade de reinventar o simples. Como temos falado em totalidade nos últimos tempos! Na aula, no cotidiano, na vida, na produção da realidade concreta da vida. Impressionante como as coisas tem se encaixado. Não de uma forma cartesiana, mas de forma envolventemente dialética. Me pego lembrando das conversas com a minha mãe, com a Sônia, a Paola, a Katiane e também das palavras da professora Carmem sobre totalidade do ser humano, e a sensação que me dá é a de que portas e janelas se abrem cada vez mais. E com cada vez mais intensidade, força, vigor. Pode parecer bobagem, mas quando se entende bem que a vida é um conjunto de relações concretas, particulares, singulares e também gerais, muita coisa passa a fazer sentido e as ressignificamos. Ainda que algumas coisas sempre estivessem ali. Ainda que muita coisa não seja novidade, parece que reinventar a vida e o cotidiano é uma tarefa possível e precisa de muita reflexão/ação para fazer disso um bem viver leve e qualificado. Não um mar de rosas, mas uma gama de possibilidades positivas que muitas vezes podem sair de dentro dos próprios problemas. Somos uma coisa só. Um corpo só, nada de separar alma de corpo, nada de cuidar só de um e não de outro, nada de separar ossos de carne, nada de separar o médico do monstro. O trabalho, a família, a vida cotidiana, o lazer, o esporte, a reflexão sobre a vida, a cultura, a solidariedade ao mundo que se degrada, o amor, a paixão, o envelhecimento, o ouvir uma música, a transformação, a militância (de quem milita a favor de algo), as amizades, a sexualidade, a leitura, a alimentação, tudo isso faz parte de um todo só. Sempre tem alguma dessas coisas que não anda bem, e para isso é preciso ressignificar seu "todo". Porque problemas, stress, baixo astral, decepção, isso sempre vai existir. Mas e a totalidade, como reinventamos a nós mesmos para harmonizar todas essas coisas o melhor possível? Eu diria que a vida não é um simples viver. A vida também é questão de método. Resta conseguirmos nos dar conta dos processos que vivemos, das relações que estabelecemos, das nossas formas, de nossos conteúdos, e tentar viver o máximo que a vida puder naquele momento e naquele lugar.

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