terça-feira, 25 de setembro de 2012

Desperdício...

Morrer é um desperdício. A pessoa aprende, ensina, ama, erra, chora, conhece, muda, transforma, evolui, desacomoda, começa de novo, cria, inventa, recria, estuda, sorri, se diverte, reconstrói, tenta de novo de outro jeito, descobre, solidariza, sensibiliza, briga, repensa, volta atrás, segue adiante, VIVE!

E de repente morre. Isso é muito desperdício. É muita história que se estanca. Muita sabedoria que se dilui. Muitos segredos que se perdem. Não é legal morrer. Principalmente para aqueles que têm sede de mudança, têm sede de desacomodação, têm sede de inquietações, sede de gente, de humanidades e sede de VIDA! O que me dói muitas vezes, são as pessoas que gosto e vivem a vida como se tivessem morrido. Não se desacomodam. Não protagonizam suas histórias e permitem que a história é que os empurrem à vida. Não inventam ou tampouco se reinventam! Me dói assistir anestesias sociais principalmente nos sujeitos que fazem parte da minha vida. Ainda que eu concorde com o Paulo Freire quando diz que onde existe vida há esperança, onde existe vida há o desejo de "ser mais", ainda assim, sofro ao ver os que se preocupam muito pouco com seu "ser mais". A estes, que escolheram viver sem vida, sem inquietações, sem desacomodações, dedico o meu lamento pelo desperdício. Pela morte em vida.

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