sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O show do Jamiroquai em Floripa

Faz quatro dias que eu to mal não sei nem do quê. Tudo começou domingo. Estava tudo tranquilito, no más... até que envio um recado a um amigo perguntando o que poderia ser feito de bom na ilha de Santa Floripa num carnaval. E ele me diz: eu tenho um ingresso para o show do Jamiroquai e como tu não me respondia, ia passar adiante. Tudo deu certo e na hora certa. Eu!!!!!! Vendo Jamiroquai????? Jay Kay bem de perto? Coincidência ou não, no dia antes de viajar, resolvi botar o dvd no quarto e assistir "Jamiroquai ao vivo em Montreal". Bah! Um dvd do caralho! Eu sempre gostei do Jamiroquai porque imitava tudo que o meu irmão gostava. E dessa macaquice de imitação, acredito não ter atingido a tudo que ele gosta, mas boa parte foi assimilada. E ele é uma pessoa que nos influencia tanto, que até minha mãe passou a gostar de muitas das suas coisas, porque escutava o som tão alto, tão alto, tão alto, que sabíamos as letras das músicas das suas bandas preferidas por osmose. Com Jamiroquai não foi diferente. Ele aprendeu a gostar porque um grande herói, seu tio Betho Costa, gostava e o apresentou. O Betho era meio assim como o Amon, gostava de música e mostrava para os outros. Cada vez que o Amon voltava de uma temporada com o Betho em Floripa ou em qualquer lugar, voltava com um repertório novo. Blues, Soul, e outras coisas, inclusive punk rock, foi herança do Betho. E algo dessa herança chegou até mim. Nossa herança por parte da mãe, vem muito voltada para a música brasileira, jazz, coisas mais lights. O Jamiroquai é como se fosse uma coisa que ouvia desde pequena mas era inatingível. Tocaram no Brasil há uns 15 anos atrás ou mais, e nunca mais. Eu, jamais me imaginei indo num show deles porque não sei qual é o seu paradeiro. São ingleses mas não sei por onde tocam. Um mito da fifizice que eu jamais pensei que viveria para ver! Inclusive porque o Jay Kay tá ficando velho e seus passos meio "space cowboy" já não são mais como de antigamente. Ele ofegava, suava, cansava, dava para ver que já não é mais aquela piração total com mil piruetas. Mas isso não tirou a graça, muito pelo contrário, estava lindo, querido e aclamadérrimo por um povo que realmente era fã deles ali assim como eu. Não vou comentar que muita gente chegou naquela casa de shows depois que o show estava quase acabando, porque queriam ir só para a "festa" e mal conheciam o Jamiroquai. E também não vou comentar sobre os camarotes vips. Eram o quadro da dor. Meninas super produzidas com cara de quem não via a hora do show terminar porque não sabiam o que estava tocando ali. Eu não sei, deve ser alguma espécie de status dizer que foi num camarote, para ficar com cara de bunda ouvindo a banda que para mim era a mais desejada, como se fosse um sonzinho ambiente chato que não acaba nunca. Eu mal prestei atenção nisso, porque gritava muito, pulava muito, suava, cantava, nossa! Saí de lá rouca. E pensei: eu ganhei, de graça, e fui lembrada por esse amigo tão querido, o Rodrigo Borges Barcelos, não pode ser verdade! Ainda brinquei com ele, só falta eu quebrar o pé amanhã, porque é muita sorte a minha!!!!!!!! Pois bem, não quebrei o pé, mas estou há quatro dias de cama com febre e uma coisa na laringe, na faringe, nesses negócios aí, e não passa! E a febre não passa! E eu não consigo dormir de dor! Mas vai passar! E a memória da emoção e do show do milênio que eu fui, isso não vai passar!!!!!!!!!! Inesquecível!!!!!!!!!!!!!!!! Doente, mas emocionada!!!!! Nossa, como gritei! Há muito tempo não gritava tanto. Me senti uma adolescente. Mas foi pura emoção.

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