domingo, 5 de dezembro de 2010

O medo do outro



A fúria gratuita, a ira desgovernada, a violência incontida e a intolerância àquilo que lhe é desconhecido, pode matar. Pessoas no Brasil ainda vivem na externalização da incompreensão ao desconhecido, através da violência. Alguns ensinam a violência verbal, e outros, executam a violência física de fato. O preconceito que mata e agride homossexuais não afeta apenas os jovens instigados desde crianças a odiar aquilo que não conhecem. O preconceito que se vê dentro das casas, nas escolas e nas ruas, não se trata de brincadeirinha que é jogada ao vento e se perde como partículas no ar. O preconceito do mundo adulto que educa (ou melhor – deseduca) pessoas a odiar outras, não é uma simples piadinha de porta de banheiro ou conto engraçadinho de uma conversa de bar. Este preconceito que agride pessoas, que corta, que arde, que bate, que dói, que sangra, não é uma bobagenzinha que as pessoas esqueçam. A piada, o conto, a ironia e a subestimação são elementos trágicos para a sociedade atual que acabam gerando crianças e adolescentes presenteados por uma raiva daquilo que desconhecem, sem ao menos entender o que acontece. A palavra preconceito anuncia aquilo que imaginamos ser algo. Porém não sabemos o que é de fato. E de tantos pré-conceitos, pessoas que expressam suas formas de amor de forma lícita e autêntica, são categorizadas sempre de modo negativo pelo vácuo de conhecimento daquele “monstro” desconhecido. E o que se faz quando algo é desconhecido? Inferioriza-se, agride-se, detona-se, toma por inimigo. Não vou nem entrar no mérito de possíveis explicações freudianas perante estas raivas. Mas o fato é que a sociedade teme ao outro. Teme ao diferente de si próprio. Ouso dizer, que alguns temem à liberdade. Porém, também ouso dizer que estamos evoluindo. Em lentos passos, a intolerância ao desconhecido vai se perdendo perante a superioridade das gerações vindouras, da coexistência entre os diferentes e da diminuição da carga pesada que alguns descarregam nas inocentes mentes de nossas crianças, que sequer entendem de onde nascem tantos ódios. Num piscar de olhos, pequeninos inocentes reproduzem apelidos homofóbicos e na maioria das vezes, não sabem sequer o que estão falando, só sabem que ouviram em algum lugar e é para xingar alguém. Num piscar de olhos, adolescentes aparecem soqueando outros. E neste instante, então, o mundo dos adultos "gênios" aparece para culpabilizar pequeninos e falar em bullying...

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dogs and peoples...


Reparem bem nesta imagem... é Tinker, de 3 meses, a filha da minha filha, mais precisamente minha neta de pelos...

Estava roendo um possível crime irremediável... eis que eu pego na tampinha e ela faz essa cara...

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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Semana cheia de emoções...

Fortes emoções na semana passada...

Meu pai tomou um tiro e ficou hospitalizado a semana inteira...

E ao fim da semana, elegemos a primeira presidenta da república da história deste país.

Êita coração...

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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Um 7 de Setembro atípico na avenida

O desfile de 7 de setembro sempre traz a conotação da honra do soldado, da marcha, dos pelotões, do homem que serve à pátria e da defesa e memória do período de independência do Brasil. Ao longo do tempo foram incluindo-se temáticas ao desfile, geralmente em defesa de alguma coisa referente ao país. Crianças, adultos, idosos, homens e mulheres foram ocupando a dita passarela “verde-amarela”.

O que nunca havia acontecido em Gravataí, e talvez eu nunca tivesse visto em nenhum outro desfile em lugar algum, foi exatamente o momento ímpar que vivemos ontem: o desfile se transformou nas cores do arco-íris. Membros que participam do Fórum da Diversidade Sexual promovido pela Assessoria de Políticas Públicas para a Juventude e pela Fundarc da Prefeitura de Gravataí, onde congregam pessoas da sociedade civil e entidades como a UAPA, desfilaram com bandeiras e faixa enfatizando a quebra de preconceitos na cidade de Gravataí. Foi uma rápida passagem na avenida, onde aproximadamente 15 mil pessoas puderam perceber que Gravataí tem espaço para a diversidade e para a mudança de um poder público conservador, para um poder público para todos, de fato. Vale lembrar que a atual prefeita Rita Sanco, foi a primeira parlamentar da cidade a implementar lei municipal em defesa aos direitos homoafetivos.

Ao desfilarmos pela avenida, pudemos perceber o apoio que vinha de diversas partes da plateia que assistia. Algumas caras de “espanto”, por tamanha coragem, mas a grande parte das reações eram de palmas, que, muitas vezes, vinham com vigor, admiração e sorrisos.

Participar de momentos como este, fez-me refletir também sobre a importância da visibilidade quando o tema é sexualidade. Enquanto esta camada da população seguir à sombra, seus direitos estarão sempre velados e a possibilidade de serem vistos como seres de direitos e cidadania, seguirão sendo jogados para baixo do tapete. Em torno disto, ressalto a importância das leis, dos legisladores, do poder executivo e de todas as ramificações do Estado, que é público, e, portanto, laico e para todos, que sigam avançando em políticas públicas na área da sexualidade.

Parabéns ao Fórum da Diversidade Sexual de Gravataí e parabéns à tod@s que ousaram participar deste desfile, que, certamente, historicizou o respeito à homossexualidade em Gravataí e o anúncio de novos tempos nas relações sociais. Saímos ontem da avenida, com o coração repleto de orgulho.

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Pois então... viva o Uruguai!!

hehehehheheh

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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Pois então... viva a Argentina...

Viva a Argentina, viva Uruguai, Paraguai, Gana, se for o caso...

Sempre achei o Maradona melhor que o Pelé mesmo...

Futebol é maluco, vira e mexe muda a direção do vento...

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sábado, 12 de junho de 2010

A voz e a vez das mulheres



Ontem (sexta, dia 11), iniciou uma plenária nacional de mulheres do PT aqui em Brasília, que dura hoje (12) o dia inteiro e culminará amanhã (domingo) na Convenção Nacional do PT, que homologará a campanha de Dilma Roussef para presidenta do Brasil.

É um momento único, ímpar na história do PT e do Brasil, a homologação da campanha da primeira mulher que será eleita para o Governo Federal deste país.

E nós, enquanto mulheres de esquerda, temos política, planejamento e projetos para este governo que virá.

Ao longo dos debates e painéis, muitas questões sobre a política feminista partidária foram colocadas, entre elas, a participação das mulheres na esfera eletiva, além do processo de coordenação de campanha nacional e nos estados.

Cada vez mais, as mulheres conquistam com muita luta os mais diversos espaços, não apenas se colocando na política, mas argumentando e fazendo ouvir suas vozes.

Não há mais espaço para machismo dentro da política (ou não deveria haver), e o cenário que se coloca cada vez mais forte, é luta e a construção da igualdade de direitos entre homens e mulheres. Estas conquistas não são ou tampouco foram fáceis, e ainda encontram muita resistência dos campos conservadores da política.

Ainda temos uma longa caminhada pela frente, e o que se apresenta com a candidatura Dilma, é uma abertura destes espaços e uma caminhada positiva de luta por igualdade de direitos, por respeito, por autonomia e por todas as injustiças historicamente construídas neste país.

Não há socialismo sem feminismo!
Um abraço,
Ingrid

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