Bistrô da Aldeia
Esta semana, terça e quinta a partir das 19h.
Reservas pelo e-mail bistrodaaldeia@gmail.com ou pelo facebook
@amon costa
Vale a pena dar uma conferida!
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Vale a pena dar uma conferida!
Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer
Pois todos os caminhos me encaminham prá você
Assim como o oceano só é belo com o luar
Assim como a canção só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem só acontece se chover
Assim como o poeta só é grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor não é viver
Não há você sem mim, eu não existo sem você
Vinicius de Moraes
Olha o que eu achei... "O Mal estar da pós-modernidade"... nunca li.
Deve ir na linha da Modernidade Líquida.
Acho que estou virando uma garrafa de Coca-cola mesmo.
Tô tão pós-moderna que não consigo fixar nada nas ideias. Uma hora aqui, outra acolá, outra sabe-se lá onde.
Ô droga de liquidez. Que coisa bem chata me sentir um rio. Não para em lugar nenhum.
Eu queria ter certezas.
Ao contrário do que possa sugerir o título destas palavras que resolvi escrever, não citarei nenhuma fórmula ou receita para mudar o mundo. Seria muita pretensão. Até porque, se soubesse como mudar o mundo já teríamos mudado, não?
Embora não tenham receitas ou fórmulas, é possível estabelecer alguns métodos ou caminhos mínimos de como mudar aos poucos. Afinal de contas, milênios de existência humana e nada a dizer, também seria demais.
Sobre métodos/ caminhos mínimos, sim, tenho coisas a palpitar. Mas não como os "palpiteiros" de plantão, que só criticam o que os outros tentam fazer para melhor a vida dos seres humanos mas não apontam alternativas ou não se engajam em absolutamente nada.
Tenho lido muitos absurdos na internet, principalmente no facebook, sobre os "palpiteiros" de plantão. Estes, acham que tudo é ruim, que todos são ruins, que política é coisa de ladrão, que todos são do mal, que a sociedade está perdida e talvez até acreditem que o mundo vai acabar amanhã!!!! Estes "palpiteiros" de plantão, incapazes de olhar para a realidade de forma dialética, contraditória e histórica, só conseguem emitir olhares fragmentados daquilo que conheceram também de forma fragmentada ou através de meras "versões".
Com isso não estou dizendo que sei da realidade na sua totalidade e que meu olhar é melhor ou pior que de alguém. Pelo contrário, tento buscar sempre coerência na hora de analisar alguma coisa. E muitas vezes erro e errarei, porém, buscando sempre um método. Analisar sem método ou sem a busca dele, sim, é optar por sempre ter uma versão fragmentada da realidade.
A resposta é essa. Como mudar o mundo? Não tem resposta, mas tem métodos para tentar. E nesta "tentativa" sim, me encaixo. Fico me perguntando qual a base metodológica daqueles que só ficam literalmente "cornetiando" na internet, que não participam de nada, que numa roda de amigos só reclamam e falam mal da política, das pessoas, de tudo, que não acreditam em nada, que acham que todo mundo é do mal, que blá blá blá. Esse discurso me cansa. Principalmente quando vejo ele partir de pessoas que já se envolveram na tentativa de mudar o mundo pelo sistema político partidário brasileiro, ou que talvez até já tenham participado também de movimentos sociais. Esses para mim são os piores. Esses são os "palpiteiros" de plantão que não agregam nada, que nada fazem para mudar a vida dos sujeitos coletivos, mas do seu próprio indivíduo. É óbvio que tem gente ruim, que tem político safado, que o sistema político e a democracia brasileira precisam eternamente evoluir, que tem tudo isso. Mas daí a generalizar tudo e viver no niilismo total é coisa muito irritante.
É muita contradição. Os "palpiteiros" de plantão que já fizeram parte da luta e agora só colocam tudo para baixo, são os pessimistas do momento os mais incapazes de conectar a realidade com a história e a esperança de um mundo melhor. Muito chato isso. Ninguém presta? Nada presta? Vá morar em Marte!!!
#PRONTOFALEI
Yo soy, tan sólo
uno de los dos polos;
de esta historia, la mitad.
Apenas medio elenco estable;
una de las dos variables
en esta polaridad:
más y menos,
y en el otro extremo
de esa línea, estás tú,
mi tormento,
mi fabuloso complemento,
mi fuente de salud.
Deseo
mire donde mire, te veo
mire donde mire, te veo
mire donde mire, te veo….
Saudade do Jorge... que música mais eu mesma... impressionante...
Desejo.....................................hummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
Eu tenho uma sensação que a Mafalda faz parte da minha família e convivo com ela desde pequena... deve ser porque já decorei algumas tirinhas...
Falar em “nossos” meninos significa pensar coletivamente. Seja na sociedade ocidental capitalista, seja na aldeia indígena, seja numa comunidade islâmica ou oriental. Educação humana não é presente de pais para filhos ou de professores para alunos. Educação humana é processo coletivo de todos com todos o tempo todo. Falar em “nossos” meninos significa pensar naqueles que vieram ao mundo nas últimas gerações. Neste texto em especial, os meninos. Há muito tempo mulheres lutam por sua dignidade e o seu direito ao “mundo”. Aos poucos, a realidade da vida começa a mudar através do contínuo processo de lutas sociais por todo o planeta. Aos poucos mulheres começam a ocupar novos espaços, começam a adentrar em lugares nunca antes permitidos e também a instituir outras relações econômicas e sociais na sociedade. O que reflito neste momento emerge do que sempre pensei mas nunca escrevi: a educação que homens e mulheres reproduzem aos meninos. Crianças de qualquer idade recebem tratamento diferenciado conforme seu sexo. Esse fato não é novidade para ninguém. Meninos “são” azuis e meninas “são” rosas. Meninas em geral são instigadas ao campo da afetividade, do cuidado e do carinho, e os meninos são instigados a bravura, a coragem e a disputa (nesse caso, a disputa por vencer, por ser um vencedor de qualquer ordem que seja). Um menino de apenas dois aninhos recebe de um homem adulto um “tapinha” nas costas ou um aperto de mão como cumprimento. Uma menininha pode receber um beijo. Pais e filhos passam desde muito cedo a trocar carinhos de bebê por carinhos de homem para homem, ou seja, distanciam cada vez mais o lado afetivo entre homens e o que fugir disso soa estranho para o restante da sociedade dos “tapas” nas costas. O menino adolescente que não demonstrar ser um potencial “garanhão” precisa de cuidados especiais, pois o resto da família pode desconfiar que o bravo menino pode não ser tão bravo assim. Os medos e receios inerentes aos seres humanos devem ser suprimidos em lugar da construção artificial de uma bravura e coragem que qualquer homem na sociedade ocidental deve ter. Meninos não choram. Ainda com idades muito precoces quando meninos se machucam os adultos insistem em enfatizar que menino não chora ou não deveria chorar. Meninos não choram? Por quê? Seres humanos choram. Seres humanos sentem medo. Seres humanos são sensíveis. As mulheres receberam secularmente um fardo hipócrita de tentar explicar sua facilidade de externalizar sentimentos ou sensibilidades em função de seu sistema reprodutivo que ocasiona uma Tensão Pré-Menstrual, famosa TPM. Esta tensão lhe facilitaria a sensibilidade e o choro. Será mesmo? Ou será que todos temos vontade de chorar mas os homens não foram educados para chorar? E se os homens fossem educados para se sentirem menos “bravos”? Menos corajosos? Menos “machos” em disputas que resultam em gestos de agressão? Se os meninos fossem educados para pegar leve nesses elementos, lhes faltaria alguma coisa? Seriam impotentes? Seriam pessoas incapazes? Seriam covardes inúteis? Seriam frágeis como são tachadas as mulheres? Seria o fim da reprodução humana e da virilidade? Ou seriam simplesmente pessoas livres e mais transparentes com todas as sensibilidades que a complexidade humana carrega? Seriam mais felizes. Seriam mais coerentes com aquilo que carregam dentro de suas subjetividades. Qualquer pessoa sabe que homens são sensíveis. Sensíveis como qualquer mulher também é. Mas simbolicamente da porta de casa para rua, a sensibilidade masculina na moral que vivemos precisa ser abafada. Já pensou um homem dar um soco no outro homem e ele não reagir? Que covarde medroso, não? Para ser educado como homem, precisa de sobrecargas de bravura, “macheza” e coragem. São estes os adjetivos dignos do verdadeiro “homem macho”. Não basta ser homem, tem que ser “homem macho”. Alguém poderia me dizer: “estás generalizando, não é bem assim”. Pode não ser bem assim dentro de algumas casas, o que não adianta muito quando encaramos a educação como um processo coletivo, e não isolado. Se aprendemos sobre a vida constantemente e cotidianamente, logo, introjetamos na subjetividade cargas e mais cargas de condução moral em tempo integral. Pensava muito sobre acidentes de trânsito, sobre uso de armas, sobre brigas de soco, de faca, sobre crimes passionais, sobre homens que não se conformam em perder território humano (mulheres) para outros “homens”, sobre crimes sexuais, sobre coragens para perversidades mil entre seres humanos, e refletia sobre quem eram aqueles que mais os cometiam. Todos nós sabemos, são homens. E isso é culpar os homens e isentar as mulheres? De modo algum, tenho horror de sexismo. Levando em consideração que o sistema econômico exploratório e individualista que permeia o mundo é o grande condicionador da racionalidade humana atual, os homens são sim os grandes alvos do papel de “homem lobo do homem”. E isso não se dá espontaneamente. Isso é resultado histórico e social. Como pessoa envolvida com educação e sociologia, não poderia não achar que a educação está na chave deste sistema social caótico. Nem mulheres nem homens são os culpados deste quadro, mas o pensamento social dominante que perpetua esta educação para a sociedade. E grande parte dela continua a reproduzindo, consciente ou inconscientemente. Homens e meninos definitivamente não são assim por causa de sua testosterona, mulheres e meninas não são assim por causa de sua progesterona. Enquanto continuarmos hipocritamente jogando tudo para o lado da fisiologia pura e simplesmente, meninos continuarão sendo educados para chutar o coleguinha da classe do lado se este o importunar, a dar beijo em todas as meninas do colégio e a quebrar um braço sem chorar. Muito me alegrei ao ler num livro ontem que Freud perto de sua morte admitiu não ter sido capaz de analisar o sistema psíquico das meninas e das mulheres, deixando esta dívida para a história, pois até então suas análises me pareciam revolucionárias, mas machistas. Respirei fundo e me alegrei. Mulheres estão dando segmento para o seu pensamento rumando outros enfoques sem perder a psicanálise de vista. Sobre educação sexual de meninos e educação sexual de meninas, fica para a próxima, pois esta sim é ainda mais complicada.
Não sou perita em psicologia nem pedagogia, e jamais adentraria na área de forma simplista. Mas a realidade na luta por uma outra educação e a vivência de "ser e estar" no mundo enquanto uma mulher feminista que não pretende a guerra dos sexos mas a igualdade dos direitos à vida e ao corpo, me permitem ao menos divagar sobre o tema. Para variar o foco, ao invés de divagar sobre a educação que recebem as meninas, me centrei na educação que recebem os meninos, que, apesar de diferente, é tão perversa quanto a das meninas se tivermos a liberdade e emancipação humana enquanto horizonte.
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